Por Rennan Setti | A Livraria Leitura fechou contrato para ocupar pelo menos nove shoppings “abandonados” pela Saraiva, que encerrou o que restava de suas lojas físicas permanentemente na semana passada. O movimento é a continuidade de uma estratégia que permitiu ao grupo mineiro ultrapassar cem unidades pelo país justamente preenchendo o espaço deixado pelo ocaso de Saraiva e Cultura.
Em outubro, serão abertas duas lojas da Leitura em Belém (no Grão Pará e no Boulevard); em novembro, virão as de Niterói (RJ, no Plaza), Fortaleza (Bosque) e Natal (Midway Mall); e, em dezembro, estão previstas inaugurações em Caxias do Sul (RS, no Villagio), São Paulo (Metrô Tatuapé) e Santo André (SP, no Grand Plaza). No começo do ano que vem, será a vez de Osasco (Super Shopping).
— Em muitos desses shoppings, nossas lojas serão inauguradas em pontos diferentes daqueles antes ocupados pela Saraiva. Em Fortaleza, por exemplo, teremos uma loja maior, com cerca de 1,1 mil metros quadrados e em dois pisos — conta à coluna o CEO Marcus Teles, cujo irmão Emidio fundou a primeira Leitura em Belo Horizonte há 56 anos.
De acordo com Teles, há outras negociações para aberturas em 2024 em espaços outrora ocupados pela Saraiva. O plano é abrir 11 unidades no ano que vem.
A expansão da Leitura é, até agora, a validação de um modelo diferente daquele das rivais. Enquanto Saraiva e Cultura digladiavam-se por endereços de prestígio, dimensões superlativas e estoques onívoros, a rede mineira cresceu perseguindo lojas médias em regiões e cidades esnobadas pelas grandes redes. Com a crise das duas gigantes, a Leitura se tornou o maior grupo do varejo livreiro brasileiro em 2021 e agora já possui mais de cem lojas pelo país.
Fonte: O Globo