O fantasma representado pela Coupang ou pela rival Amazon não assusta uma das maiores livrarias do país, a Cultura, de São Paulo. A venda de livros — físicos ou eletrônicos — é a mais afetada pela guerra on-line. “O brasileiro está mais acostumado com a competitividade do mercado e, principalmente, com o funcionamento dele em solo brasileiro”, diz o CEO da empresa, Sérgio Herz. Segundo ele, o e-commerce representa 26% das vendas da livraria.
A Amazon opera no Brasil desde 2012 e, por enquanto, não intimida o CEO da Livraria Cultura. “A tamanha burocracia existente no país acaba protegendo a empresa nacional. Sabemos as táticas e conhecemos os clientes, estas são as vantagens, que frutificarão com o tempo”.
Em abril, a Saraiva ameaçou deixar de vender livros de 18 editoras cujos preços estivessem baixos demais na Amazon — até mais baratos do que os estipulados pelas próprias editoras. A rede não se pronunciou.