Apenas 7% seguem a relação estritamente, aponta a pesquisa “Shopper, Supermercado e Promoção: um ecossistema essencial para marcas durante a crise”, conduzida pela Agência 96
Mesmo em meio à crise econômica, o brasileiro tem dificuldade em respeita à risca a lista de compra. Apesar de anotar os itens necessários para não cometer excessos, a tentação fala maios alto e os consumidores acabam comprando mais do que deveriam. Isto é o que aponta a pesquisa “Shopper, Supermercado e Promoção: um ecossistema essencial para marcas durante a crise”, que mostra que ainda existe muita compra a ser decidida no ponto de venda, uma boa notícia para as marcas que investem em ações promocionais e ativação no ponto de venda.
O levantamento detectou diversos hábitos que passaram a fazer parte do dia-a-dia dos clientes no ponto de venda. Planejar as compras ganhou força no hábito dos consumidores. De acordo com o estudo, 86% preparam lista de compras (50% algumas vezes e 36% sempre). Mas apesar de irem às compras munidos da listinha, apenas 7% a seguem estritamente. Os consumidores de renda mais alta são os que mais cumprem à risca o planejamento prévio – 11%.
A pesquisa mostra que 44% costumam fazer compras com parceiro, 24% sozinhos e 14% com a família. Os consumidores de alta renda fazem mais compras sozinhos do que a média: 35%. O comportamento de compra também varia de acordo com a companhia. Homens sozinhos são menos organizados no planejamento, mas tendem a ser mais fiéis à lista de compras: 52% costumam levar listinha, e quando levam, 85% seguem grande parte do pré-estabelecido. Já as mulheres planejam mais, mas são menos “fiéis”: 73% afirmaram levar lista, porém apenas 64% seguem o que está escrito.
O comportamento de famílias no supermercados é mais imprevisível: enquanto 81% levam a lista de compras, apenas 32% seguem o planejamento. Com filhos de até 10 anos, apenas 20% compram o que estava planejado. A primeira fase da enquete foi feita com 819 consumidores de todo Brasil através da plataforma mobile Bonusquest. A segunda fase entrevistou 126 consumidores em super e hipermercados de São Paulo, em setembro.
De acordo com o levantamento, 45% dos entrevistados declaram dedicar tempo das compras para pesquisar novos produtos ou marcas. Entre as pessoas de alta renda esse índice sobe para 49%. O momento de compra é visto como uma “obrigação” por 61% dos consumidores. Outros 39% classificam como uma atividade prazerosa – um momento de relaxamento (18%), uma atividade de lazer (12%) ou um passatempo (9%).
Quem vê prazer nas compras dedica mais tempo para conhecer novas marcas (59% contra 42% de quem vê como obrigação). Também falam mais com promotoras (50% contra 38% de quem vê como obrigação); 81% trocam de marca apenas para participar de uma promoção (contra 70% de quem vê como obrigação); e 76% compram um produto apenas para concorrer a prêmios (contra 63% de quem vê como obrigação).
A pesquisa também mostra que 43% dos consumidores param para falar com promotoras durante as compras. Entre os clientes mais maduros, de 46 a 60 anos, esse índice sobe para 53%. Quanto maior a renda, maior a aderência (Classe A – 45%; Classe B1 – 44%; Classe B2 – 43%; Classe C1 – 39%; e Classe C2 – 37%).
Consumidores de alta renda são os que mais decidem comprar um produto novo (31%) ou item que não precisava (25%). Já os consumidores de Classe C, são os que mais trocam de marca (25%) e que mais compram mais unidades de um produto que já iam comprar (31%).