A Le Postiche, tradicional marca de malas, bolsas e acessórios de viagem, está em processo de reformulação de sua plataforma de e-commerce para na próxima terça-feira, no dia 1º de maio, inaugurar um marketplace com nova roupagem e layout.
De acordo com o CEO e presidente Carlos Padula, o marketplace já estará em funcionamento, porém, ele ainda classifica a novidade como “piloto”, no qual somente 5 marcas parceiras, já selecionadas, começarão a vender seus produtos na plataforma. Em um horizonte de dois anos, a meta da Le Postiche é ter um marketplace com cerca de 100 sellers – todas relacionadas ao segmento de bolsas e acessórios de viagem.
“Vamos por para rodar, ver como funciona, garantir que tudo ocorra da melhor forma para depois, quando estivermos mais tranquilos, trazermos mais marca para o nosso marketplace”, diz Padula, em entrevista ao portal NOVAREJO.
Há aproximadamente um ano o projeto vem sendo desenvolvido em conjunto com várias áreas internas da Le Postiche, desde a escolha da plataforma de migração do e-commerce para marketplace até toda a parte contábil, fiscal e logística do novo negócio.
Os marketplaces são a grande tendência para os departamentos de e-commerces das marcas registrarem bons resultados. Nesse modelo de negócio, os sellers utilizam a tradição de grandes marcas e uma plataforma digital sustentável e interativa para chamar mais atenção dos seus produtos e ter maior volume de venda. O dono da plataforma tem uma fatia de cada venda realizada e as marcas parceiras arcam com custos operacionais, como estoque e logística.
Para a Le Postiche, a ideia de migração ao marketplace teve exatamente esse viés. “Uma coisa é você operar com seu próprio estoque e, como marketplace, eu tenho vários parceiros vendendo seus produtos e os estoques estão fora da minha gestão”, afirma Padula, justificando um dos pontos da decisão.
Omnichannel
A reformulação também faz parte de uma estratégia de integração de canais. O lançamento do marketplace será o grande epicentro do projeto omnichannel da Le Postiche. De acordo com o CEO Carlos Padula, a ideia, além da forma usual de receber o produto em casa, é que o consumidor possa comprar no site e retirar em qualquer loja.
O marketplace é uma ação estratégica que significa uma extensão da loja física para a marca. “O consumidor passa a poder ter produtos dos nossos fornecedores que não cabem na nossa loja, um portfólio que chamamos de long tail, um portfólio mais estendido, através do marketplace”, diz Padula.
Inspiração
A grande inspiração de se criar um marketplace de nicho veio de fora. Segundo o presidente, o site norte-americano eBags é um dos maiores marketplaces de viagem do mundo e a intenção da Le Postiche é seguir esse caminho em solo nacional, tendo a maior representatividade do segmento na operação digital.
Fonte: Novarejo