O presidente da Restoque, Livinston Bauermeister, afirmou ontem que a receita da companhia por metro quadrado cresceu 18,6% no terceiro trimestre em comparação ao mesmo período de 2016, e aumentou 25,9% nos nove primeiros meses do ano. A Restoque é dona das marcas Le Lis Blanc, John John, Rosa Chá, Dudalina e Bo.Bô.
“Foi o melhor trimestre da companhia em termos de receita líquida e veio seguido de um segundo melhor trimestre da história da Restoque. Houve melhora nas margens de lucro, com ganhos de produtividade”, disse o executivo, em teleconferência com analistas.
A receita operacional líquida consolidada da empresa aumentou 11,9%, totalizando R$ 316 milhões, e o prejuízo líquido diminuiu 27,7% de julho a setembro, para R$ 6,4 milhões.
Por marca, a produtividade das lojas aumentou 43,2% na John John; 41,3% na Rosa Chá; 21,7% na Le Lis Blanc; 11,5% na Dudalina; e 3% na Bo.Bô.
Bauermeister atribuiu os avanços nesse indicador ao fechamento de lojas com baixo desempenho e à melhora na performance das unidades que permaneceram abertas. No terceiro trimestre, a Restoque fechou 34 pontos de venda e ficou com 293 unidades em operação.
A companhia também encerrou as atividades de duas de suas seis fábricas de costura e reduziu em 50% a área do centro de distribuição em São Paulo, como parte das ações para simplificar a estrutura e cortar custos.
O impacto dessas ações foi de R$ 16,3 milhões no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) do terceiro trimestre – que atingiu R$ 62,9 milhões, alta de 2,9% sobre um ano antes. A margem Ebitda, por sua vez foi de em 19,9%, queda de 1,7 ponto percentual.
Excluindo impactos não-recorrentes, a Restoque informou que o Ebitda do trimestre seria de R$ 79,2 milhões, alta de 29,6%.
A companhia informou que mantém a meta de fechar 2017 com uma dívida líquida equivalente a menos de duas vezes o Ebitda. Para 2018, o objetivo é que essa relação seja de uma vez e meia.
No terceiro trimestre, a Restoque reduziu a dívida líquida em R$ 18,3 milhões, em comparação ao mesmo período de 2016, passando de R$ 734,6 milhões para R$ 716,3 milhões. O valor corresponde a 2,23 vezes o Ebitda. Um ano antes, a relação dívida líquida e Ebitda era de 4,55 vezes.
“Tivemos uma redução na relação entre dívida líquida e Ebitda. A perspectiva é continuar apresentando melhoras ao longo dos meses, de forma a cumprir a meta estabelecida para o ano”, disse Bauermeister.
Fonte: Valor Econômico