Por Redação | O Justo , supermercado digital mexicano que chegou no Brasil em 2021, vende alimentos perecíveis online e a inteligência artificial é dos pilares do negócio. Para se ter uma ideia, em um movimento semelhante ao produzido por feirantes na “hora da xepa”a tecnologia do varejista verifica se há algum produto com estoque elevado, depois, o algoritmo dispara uma promoção personalizada para os clientes que têm costume de comprar o item.
O objetivo dessa ação é impulsionar as vendas, evitar o encalhe do produto e aumentar a eficiência do negócio. André Braga, responsável pela operação no Brasil, afirma que dessa forma é possível mexer na demanda com mais eficiência, pois é humanamente impossível ter alguém que monitore todo o movimento das plataformas.
Sem lojas físicas, os alimentos só podem ser adquiridos pelo aplicativo ou página da varejista na internet. Na parte logística há um planejamento de compras dos produtos que serão colhidos e levados para os CDs localizados em diversas regiões.
O frescor dos itens é fornecido pela proximidade dos fornecedores e pela frequência das entregas – até duas vezes ao dia. Depois de chegarem, os alimentos ficam em câmaras climatizadas ou frigoríficas, aguardando a separação e despacho. Após esse processo, os pedidos saem dos CDs para entrega com hora marcada, em frota e com equipes próprias.
Segundo Braga, a efetividade dos algoritmos para calibrar a oferta com a demanda é alta. Para exemplificar, o empresário conta que dentre os 5 mil itens vendidos pelo varejista o encalhe chega a 1,5%, enquanto nos supermercados tradicionais que não utilizam a ferramenta o percentual varia entre 10% e 12%.
Por consequência, a tecnologia também auxilia o varejista com o índice de ruptura, diminuindo as taxas significativamente, e estabelecendo padrões de qualidade dos produtos.
Braga comenta que atualmente a empresa está vendendo 10 vezes mais do que no início da operação no país, e que no momento estão focados em aumentar a presença em São Paulo, porém também tem planos para algumas cidades como Rio de Janeiro, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre, Campinas e Brasília.
Marca Própria
Recentemente, o Justo lançou sua marca própria com 300 itens que já levam o selo “Do Justo”. Os preços dos alimentos são 10% a 15% mais baratos do que os convencionais, e, até o final desse ano, a meta é alcançar o marco de 350 produtos.
Fonte: S.A.+ Varejo