A Justiça decretou a falência da Brasil Pharma. Em decisão tomada na última segunda-feira, o juiz da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, Marcelo Barbosa Sacramone, aceitou o pedido de falência da companhia, apresentado no dia 6 de junho.
A Brasil Pharma alegou que era impossível obter novos recursos para assegurar o cumprimento das obrigações previstas no plano de recuperação judicial e que não havia perspectivas de continuidade operacional.
Segundo Sacramone, “não há como rejeitar o pleito”, tendo em vista a incapacidade da companhia de cobrir suas despesas administrativas, pessoais, financeiras e as vinculadas aos credores. “Não é plausível manter a existência de uma empresa que já confessou não ter condições de perseguir seu objeto social”, diz trecho da decisão.
Dentro do processo de falência, a Deloitte foi nomeada administradora judicial e será a responsável por fazer o levantamento e a avaliação de bens, documentos e livros da companhia.
A Justiça determinou ainda a venda das marcas da companhia, mediante a publicação de atual com primeira praça em 50% do valor da avaliação, segunda praça em 30% e terceira praça com lances a partir de 10% do valor da avaliação. A Mega Leilões será a responsável pelas vendas.
Quanto aos medicamentos, o juiz pede ao administrador judicial que apresente a relação dos produtos para venda posterior.
A Brasil Pharma irá convocar assembleia geral extraordinária para que os acionistas ratifiquem o pedido de falência.
Bolsa
A B3 informou na manhã desta terça-feira que a negociação das ações da Brasil Pharma está suspensa a partir de hoje. Os papéis encerraram o pregão de ontem negociados a R$ 0,62.
Fonte: Valor Econômico