O presidente do Instituto do Desenvolvimento do Varejo (IDV), Antônio Carlos Pipponzi, defendeu a reforma trabalhista em análise no Senado (PLC 38/2017), afirmando que haverá impactos positivos para os setores de comércio e serviços. Segundo ele, novos postos serão abertos, beneficiando principalmente os jovens.
Pipponzi foi um dos convidados da sessão temática realizada nesta terça-feira (16) no Plenário. O executivo, que tem longa experiência no setor, chamou atenção para o fato de o varejo ser a porta de entrada da juventude no mercado de trabalho no mundo inteiro e também no Brasil. Muitos deles, acrescentou, sonham com a faculdade, mas ficam presos numa jornada inflexível.
– No Brasil jovens que terminam o ensino médio também vão para o setor de serviços com o sonho de chegar à faculdade. Só que eles são obrigados a ficar nove horas no ambiente de trabalho. Considerando tempo de deslocamento e alimentação, não sobra tempo. É uma conta perversa. Nossos jovens não têm tempo de estudar pela falta de flexibilidade da jornada de trabalho – lamentou.
Ações judiciais
Antônio Carlos Pipponzi lembrou ainda o alto índice de reclamações trabalhistas no Brasil, algo totalmente fora dos padrões mundiais e que espanta grandes empresas multinacionais, segundo ressaltou. Além disso, alegou que, em pleno século 21, trabalhadores e patrões podem compor seus interesses por meio de acordos que satisfaçam as duas partes.
– Será que temos os piores empregadores do mundo? Ou temos a legislação mais arcaica? Há empresas que deixam o país por impossibilidade de conviver com normas tão ultrapassadas – afirmou.
Fonte: Senado Notícias