Por Luana Dandara | Desde que chegou ao Brasil há 14 anos, a Black Friday se consolidou como uma das datas mais importantes para o comércio, marcando o início das compras de fim de ano. De janeiro a agosto de 2024, grandes varejistas já investiram mais de R$ 2,3 bilhões apenas em publicidade digital para a temporada. O dado faz parte de uma pesquisa da Kantar Ibope Media, que analisou os investimentos de empresas como Amazon, Americanas, Carrefour, Casas Bahia, Magazine Luiza, Mercado Livre, Pão de Açúcar, Ponto Frio, Shein, Shopee, Walmart, entre outras.
A pesquisa indica que a maior parte desse investimento, 64%, foi direcionada ao marketing de buscas. Essa estratégia visa promover produtos e serviços quando os consumidores estão procurando na internet informações relacionadas a suas necessidades. Isso inclui anúncios que aparecem em resultados de busca em plataformas como Google e Bing. As redes sociais, especialmente o TikTok, também receberam atenção significativa, com mais de R$ 85 milhões alocados na plataforma durante o período.
Entre os desafios enfrentados pelos anunciantes ao investirem em publicidade para a Black Friday, a fragmentação de dados se destaca como a principal barreira, mencionada por 57% dos entrevistados. Essa dificuldade em integrar informações provenientes de múltiplas fontes e canais limita a compreensão da jornada do consumidor, tornando a avaliação do desempenho das campanhas mais complexa. Contudo, atualmente menos de 10% dos anunciantes da pesquisa adotaram medições centralizadas para maior agilidade e precisão.
Além da fragmentação de dados, 14% dos participantes da pesquisa apontaram a agilidade das informações como um obstáculo significativo, enquanto 13% destacaram a dificuldade em identificar a compatibilidade com as tendências de mercado, ou seja, as tendências compatíveis com seus negócios.
Nesse cenário, os anunciantes estão cada vez mais focados na mensuração de resultados. Um em cada três busca garantir o retorno sobre o investimento (ROI) por meio de métricas independentes e comparáveis, indo além dos dados proprietários oferecidos pelas plataformas.
Fonte: Valor Econômico