Inovação e eficiência podem parecer atividades contraditórias. Colocar novas ideias em prática e ter paciência para esperar os resultados é um desafio. As empresas – e pessoas em geral – tendem a experimentar outras mudanças antes de as consequências da primeira atitude surtirem efeito, como um canal de televisão que muda sua programação a todo momento. Por outro lado, o sucesso operacional do hoje instala uma zona de conforto tentadora. O BCG Henderson Institute analisou 2.500 empresas e verificou que apenas 50 (2%) conseguem ser inovadoras e eficientes ao mesmo tempo.
São companhias que repensam e revisam suas estratégias operacionais enquanto melhoram e ampliam seu portfólio e operações atuais.
Modelos de sucesso
Amazon, Zara e Toyota são exemplos de empresas que conseguem conciliar as duas atividades e são conhecidas por isso. A gigante do e-commerce tem a filosofia “Day 1”, pregada por seu CEO. Para Jeff Bezos, todo dia deve ser encarado como o primeiro da empresa, para evitar acomodações. A eficiência da Amazon é famosa, a operação de entrega é um marco positivo da líder do varejo eletrônico.
Já a Zara, uma das precursoras do fast fashion, é conhecida pela troca rápida das coleções e inova na indústria da moda. Esta agilidade, atrelada à gestão da cadeia de fornecedores restrita, demonstra eficiência. A Toyota, por sua vez, apostou no longo prazo e foi bem-sucedida. Exemplo disso foi o desenvolvimento de um carro com motor híbrido.
Recomendações
Mas como se tornar uma empresa eficiente e inovadora, como Amazon, Zara e Toyota? O Think Tank oferece algumas recomendações para os gestores seguirem esses modelos que deram certo. A primeira dica é estar atento às opiniões que vêm de fora. Segundo a instituto, isso vai beneficiar a empresa, que poderá ouvir pessoas imparciais e terá uma imagem mais clara do cenário externo.
Pensar em vários prazos também é um exercício importante. Estabelecer metas para o próximo ano, daqui a cinco e daqui a dez anos, facilita o pensamento em atividades inovadoras e eficientes em equilíbrio. Ao mesmo tempo, é necessário reconhecer os riscos e oportunidades da empresa. Este posicionamento permite aos gestores tomar atitudes rápidas e preventivas.
Outra recomendação do BCG Henderson Institute é ser cético em relação ao sucesso atual. O conselho se assemelha com a filosofia Day 1 de Jeff Bezos, que prega contra o comodismo. A intenção é evitar a criação de uma cultura que se apoie na satisfação pessoal. Aliado a todas estas ações, a revisão. É necessário garantir que todos os projetos sejam colocados em prática e verificar se não existem lacunas entre intenção e ação.
Fonte: Consumidor Moderno