Segundo levantamento da Nielsen a comercialização dessa categoria no varejo farmacêutico aumentou 36% nos cinco primeiros meses de 2022
Por Redação
A marca própria nas farmácias começa a acompanhar uma tendência tradicional no varejo alimentício. À medida que a inflação aperta o freio do consumidor, a procura por esses produtos avança nas gôndolas.
Segundo levantamento da Nielsen, encomendado pela Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (Abmapro), a comercialização dessa categoria no varejo farmacêutico aumentou 36% nos cinco primeiros meses de 2022, em comparação ao mesmo período de 2021.
Ao analisar os motivos para a maior demanda por esse gênero de produtos, o estudo aponta como principais fatores a crise econômica e o peso da inflação sobre itens mais tradicionais.
“E as estimativas são de consolidação desse desempenho. O varejo vem se mostrando um canal primordial na estratégia de construção de marcas próprias, a exemplo do que vemos nos supermercados e também no segmento de vestuário”, avalia a presidente da Abmapro, Neide Montesano.
Marca própria nas farmácias dá protagonismo ao setor
Redes como d1000, Grupo Tapajós, Panvel e RaiaDrogasil vêm redobrando a aposta em marca própria. Não à toa, pela primeira vez no ranking de vendas de não medicamentos em drogarias, fabricantes tradicionais dividem espaço com redes do varejo farmacêutico.
Segundo a Close-Up International, a venda de artigos de higiene pessoal, beleza e outros produtos nas farmácias totalizou R$ 32,99 bilhões em 2021. O canal farma ainda responde por cerca de 2% desse montante, mas quatro empresas já movimentam três dígitos com essa categoria – Grupo DPSP, Pague Menos, Panvel e RaiaDrogasil.
“A categoria também contribuiu para minimizar ocorrências de ruptura dos estoques nas gôndolas, quando a indústria começou a conviver com barreiras causadas pelo encarecimento dos insumos e pelos entraves para importação”, complementa Neide Montesano.
Fonte: Panorama Farmacêutico