O consumidor da terceira idade está mais exigente e continua com alto poder de decisão. Eles possuem o poder de decisão, concentram grande poder financeiro em grandes famílias, mas, ainda assim, não são assistidos como deviam no ponto de venda. Segundo uma pesquisa divulgada nos últimos dias pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 67% dos idosos são os únicos com decisão sobre as compras que fazem, mas três em cada dez (30%) afirmam que sentem falta de produtos para a terceira idade. Saiba mais como o supermercadista pode aproveitar esta oportunidade e satisfazer esse cliente de perfil tão importante.
Enquanto ações de Marketing de grandes empresas focam diretamente na geração dos millennials, tomando-os como base para diversas estratégias, outras faixas etárias sentem falta de uma atenção mais especial. O levantamento da SPC e da CNDL, que indicou essa insatisfação entre os idosos, consultou 619 consumidores com idade acima de 60 anos de ambos os gêneros e de todas as classes sociais, nas 27 capitais brasileiras, entre agosto e setembro deste ano.
Em comunicado à imprensa, Honório Pinheiro, presidente da CNDL, pondera que o haverá aumento do número de idosos, o que fará o comércio a ficar mais atento.
“Nas próximas quatro décadas, a população da terceira idade deve triplicar, chegando a mais de 66 milhões de pessoas, quase 30% da população total. O mercado, portanto, deve se preparar e conhecer cada vez melhor as especificidades deste consumidor, a fim de ampliar a participação no mercado e a lucratividade”.
De acordo com 13% dos participantes, os produtos que mais fazem falta são celulares com teclados e telas maiores, seguidos de locais para diversão e vestuário. Para 17% deles, é difícil comprar roupas, pois só há peças para pessoas muito idosas ou muito jovens.
Em relação ao atendimento em pontos de venda, 70% dos idosos anseiam por mudanças. Três em cada dez idosos acreditam ainda que os rótulos precisam ser mais fáceis de serem lidos.
“Os idosos querem comprar produtos desenvolvidos especialmente, mas também desejam diversidade e qualidade. O momento é de oportunidade de grande potencial em segmentos como lazer, serviços, logística e saúde”, concluiu Honório.
Idosos no supermercado querem saúde
O que esse público busca no supermercado? De acordo com uma pesquisa da Mintel, divulgada neste ano, 76% dos consumidores com mais de 55 anos tendem a comprar alimentos com efeitos nutricionais adicionais, e 89% dessas pessoas concordam que vale a pena gastar mais com essas opções.
Na mesma pesquisa, foi relatado que 73% desses consumidores afirmaram que possuem dificuldade de entender a informação nutricional disposta nas embalagens dos produtos. Por outro lado, 65% dos idosos afirmam que os benefícios para a saúde quando impressos nas embalagens influenciam as decisões de compras.
Essa é uma oportunidade de ouro para o supermercadista se adaptar com essa busca do importante perfil da terceira idade que anseia por mais variedade de escolhas e melhores serviços, tais como a oferta de informação sobre dados nutricionais. Ampliar a gama de plataformas que podem oferecer informações adicionais sobre produtos, também contribui para esse perfil de consumidor se informar melhor antes da compra. É o caso de colocar mídias indoor no estabelecimento.
Em entrevista recente para o Blog da APAS Show, a responsável por Operações de Mídias Indoor da RDS Multimídia, Cristiane Donini, avisa que essas ações são fundamentais para atrair o consumidor mais exigente e empoderado.
“Quando falamos em comportamento do consumidor em relação às novas plataformas de interação dentro do PDV, a porcentagem de interação é alta, o que sinaliza a mudança do consumidor, cujo ponto de venda é visto como um ‘solucionador de problemas’ e um agente de tomada de decisão mais inteligente”, pondera.
Ainda segundo Donini, “esse consumidor quer informações, dados e inputs positivos, que o ajude às melhores escolhas e o faça gastar de forma mais equilibrada. O consumidor interage dessa forma no cotidiano, em casa, com smartphones e televisores de última geração. Se o supermercado ficar de fora disso, perderá”. Veja mais sobre esse assunto aqui.