Por Felipe Freitas | Um estudo do MIT, sigla em inglês para Instituto de Tecnologia do Massachussets, avaliou que humanos seguem a melhor opção para alguns serviços do que IAs. Os autores da pesquisa fizeram as contas para saber se inteligências artificiais em tarefas de visualização computacional têm um custo menor do que alocar pessoas para funções do tipo.
Explicando e exemplificando visualização computacional, ela é a tecnologia na qual IAs reconhecem elementos das imagens — e provavelmente você está treinando-as. Sabe quando o reCaptcha pede que você identifique todas as imagens com semáforos? Isso é usado para que uma IA de direção autônoma aprenda a reconhecê-lo quando estiver dirigindo.
Um exemplo dado pelos autores sobre como visualização computacional pode substituir humanos é numa padaria. Ao invés de usar um padeiro para avaliar a qualidade dos ingredientes, se eles estão bons ou ruins, uma IA treinada pode identificar as características de um ingrediente estragado. No entanto, por ser uma tarefa rápida, o custo de treinar e manter esse sistema não seria vantajoso.
Humanos seguem a melhor opção — por enquanto?
O estudo publicado pelo MIT revela que, com os custos de hoje, 23% (quase um quarto) dos serviços que envolvem visão e análise poderiam ser trocados por IAs de visualização computacional. Nesses casos, o artigo compara os salários dos funcionários para avaliar se a substituição de um humano será rentável.
23% é um número considerável, mas o estudo avaliou apenas tarefas de visualização computacional, pois essa é uma tecnologia mais madura e com precificação mais estruturada. Para essas IAs ganharem espaços, é necessário que seu custo diminua. No momento, os humanos seguem como a opção mais econômica nesse segmento — e ainda mais em outros, principalmente os que envolvem gestão e habilidades sociais.
Os autores também destacam na pesquisa que a substituição da mão-de-obra humana por IAs será gradual. O artigo aponta que o ritmo de troca tende a ser menor nesse segmento (visualização computacional) do que a rotatividade de empregados vista hoje. O estudo sugere que a velocidade de substituição será lenta o suficiente para que os governos apliquem políticas que reduzam o impacto do desemprego.
Fonte: Tecnoblog