Varejista de moda reportou crescimento no lucro líquido no segundo trimestre e segue com plano de reforma das Hering Stores. Entenda
A Cia. Hering anunciou que cresceu 4,9% no segundo trimestre deste ano. Ao todo, a marca atingiu um lucro líquido de R$ 61,6 milhões no período. O resultado veio mesmo com a queda de 0,7% na receita líquida e recuo de 2,4% na receita bruta da empresa, que somou R$ 444,4 milhões.
As vendas brutas da empresa caíram muito por conta dos canais franquia e multimarcas. “Os efeitos do declínio do cenário econômico exerceram, por mais um trimestre, influência negativa nas vendas sell-in da companhia a franquias e multimarcas”, disse a empresa no relatório de resultados.
O canal multimarca retraiu 9,5%, atingindo R$ 189,1 milhões, também influenciado pelo menor número de clientes ativos.
As vendas para franquias atingiram R$ 155,3 milhões, queda de 4,1% frente ao mesmo período do ano passado, com deterioração mais acentuada nas regiões Norte e Nordeste. “Os efeitos do declínio do cenário macroeconômico aliados ao maior conservadorismo nas compras do canal impactaram negativamente as vendas das coleções outono e inverno o que, entretanto, favoreceu a rentabilidade do canal em função de menor atividade promocional no trimestre”, disse a empresa.
Já as vendas realizadas pela companhia para consumidores finais, através de lojas próprias e webstores (sell-out), apresentaram melhor desempenho. As lojas próprias apresentaram crescimento de 10,2% nas vendas, principalmente pelo aumento médio da área de vendas em 7,8%, com a abertura de quatro lojas.
“As lojas próprias apresentaram, de modo geral, desempenho de vendas superior à rede de franquias, favorecidas por melhor execução e estratégia de abastecimento, com destaque para o bom desempenho de lojas outlets”, comentou a empresa. As webstores, por sua vez, mantiveram trajetória de crescimento de vendas de dois dígitos, de 10,9%.
Mesmo com esse desempenho de vendas, a empresa apresentou geração de R$ 85 milhões de caixa livre, R$ 68,6 milhões superior ao caixa gerado no segundo trimestre de 2015.
No desempenho por marcas, as vendas da Hering caíram 4%. A Hering Kids, por mais um trimestre apresentou resiliência e reportou crescimento de 4,3%. DZARM. e PUC apresentaram fraco desempenho de vendas, com retração de 24% e 8,5%, respectivamente.
A Cia. Hering encerrou o período com 828 lojas, 17.600 varejistas multimarcas e cinco webstores. Durante o segundo trimestre, a marca fechou 8 operações, mas abriu outras 4 – dando um saldo negativo de 4 lojas fechadas no período.
No início do ano, a companhia lançou o Plano de Reformas de Hering Store. Até agora, 18 lojas foram entregues. O plano conta com incentivos da companhia em forma de subsídio (que poderá alcançar R$ 10 milhões em 2016) e financiamento de parte do montante investido. A companhia espera renovar aproximadamente 100 lojas ainda neste ano.
“Nossos resultados de curto prazo permanecem sob pressão, principalmente, em função do desempenho de vendas. Ainda assim, o modelo de negócios da companhia tem se provado resiliente, com forte geração de caixa livre, bons níveis de rentabilidade e situação patrimonial confortável. Seguimos confiantes em nossa estratégia de negócios, com a combinação de marcas fortes e um modelo de negócios diferenciado que tem demonstrado alto poder de geração de valor ao longo dos ano”, comentou a empresa.