O Vinci Partners, do banqueiro Gilberto Sayão, começou a buscar, há cerca de três meses, um sócio para a operação brasileira do Burger King, e as conversas estão entrando em fase final. O Vinci é um dos sócios da rede de restaurantes no país, ao lado de 3G Capital e Temasek.
O Valor apurou que participaram das primeiras análises dos números da cadeia de fast-food 12 fundos de investimento, nacionais e estrangeiros, como Carlyle, Catterton, General Atlantic, Gávea Investimentos, Capital e GP Investments. Há poucos dias, restavam três fundos com interesse no negócio, segundo uma fonte a par do assunto. O Itaú BBA faz a assessoria da operação para o Vinci Partners.
O Burger King tem cerca de 530 lojas no Brasil, sendo 80% de propriedade da BK Brasil, controlada pelo Vinci, que pretende reduzir sua posição na empresa. Por meio do aporte do novo sócio, a ideia é expandir mais rapidamente o crescimento orgânico da cadeia de restaurantes, que recorreu nos últimos meses a operações de emissão de debêntures para capital de giro e refinanciamento de passivos bancários de curto prazo.
Alguns fundos desistiram do aporte na operação por considerarem baixa a taxa de retorno sobre capital investido para os próximos anos, segundo uma fonte. Fracos resultados em novas lojas teriam desestimulado alguns investidores. As vendas crescem, mas o prejuízo da companhia também tem aumentado, refletindo alta de despesas operacionais e amortizações e depreciação de lojas.
Segundo o site “Brazil Journal”, a capitalização da rede, por parte de um novo sócio, deve atingir R$ 400 milhões. Procurado, o Burger King não se manifestou pois está em período de silêncio.