Com seis marcas de vestuário infantil, Grupo Kyly planeja ampliação internacional e busca fortalecimento das lojas Milon
Por Lara Sant’Anna
Pomerode, em Santa Catarina, é conhecida como a cidade mais alemã do Brasil. Além da forte cultura germânica, lá se concentra um importante polo industrial têxtil, que emprega mais de 26% da população local, de acordo com levantamento do Sebrae. Entre o emaranhado de empresas, está o Grupo Kyly. Fundado há 37 anos, produz roupas infanto-juvenis e expande sua presença apostando em vendas multicanais. Além do Brasil, exporta para mais de 30 países e planeja aumentar a participação internacional nos resultados, chegando a 9% do faturamento até 2027.
O Grupo Kyly atua com seis marcas: Amora, Kyly, Lemon, Lemon Kids, Milon e Nanai. A Milon, de inspiração francesa e tíquete médio mais alto, é a única com loja exclusiva — e grande aposta da empresa. Atualmente são 80 unidades em shoppings, com objetivo de chegar a 100 em 2023. Delas, 48 são franquias e 32 próprias, mas essa balança vai mudar. O plano é converter tudo em franquias, para melhorar os resultados. Em 2019, a Milon inaugurou diversas unidades já pensando nessa conversão. Com a chegada da pandemia, os planos acabaram adiados, mas agora já estão em prática. Até o final do ano serão 87 lojas, sendo 61 franquias.Divulgação
“Estar lá fora competindo com as marcas nos mercados delas e nos mercados mundiais é uma receita muito importante” Claudinei Martins, DIretor comercial e de marketing.
Além da atuação nacional, o Grupo Kyly se aventura em terras estrangeiras, brigando com grandes mercados que hoje dominam o universo de vestuário no mundo, como a China. Atualmente, 36 países recebem produtos da marca, com destaque para Espanha, Estados Unidos, Malásia e México. Essa atuação internacional faz com que o grupo seja a maior exportadora de vestuário infantil do Brasil. As vendas ao exterior respondem por 4% do faturamento, com plano de chegar a 9% até 2027. “Atacar é uma excelente forma de defesa também”, afirmou o diretor executivo comercial e de marketing do Grupo Kyly, Claudinei Martins. “Então, estar lá fora competindo com as marcas nos mercados delas e nos mercados mundiais é uma receita muito importante para a companhia.”
Para dar conta da produção, o grupo tem uma operação verticalizada e desde 2019 tem uma fiação própria, iniciando o processo de suas roupas desde a compra do algodão. A Fio Puro foi construída a partir de investimento de R$ 100 milhões e é parte fundamental da atuação da empresa, que pretende chegar neste ano a 33 milhões de unidades produzidas e ampliar o faturamento em 20%.
Fonte: IstoÉ Dinheiro