As roupas da marca Plural, de Belo Horizonte, Minas Gerais, são usadas por mulheres na Arábia Saudita. A grife exporta para a boutique Maison BO-M de Riad há cerca de dois anos e as vendas estão em crescimento. A última encomenda feita pela loja multimarcas foi maior do que as anteriores, segundo informações da proprietária e uma das fundadoras da Plural, Gláucia Fróes. O negócio foi fechado durante a feira de moda Minas Trend, que ocorreu na capital mineira no começo de abril, mas ainda há detalhes a definir.
O contato da Plural com a Maison BO-M de Riad começou quando a boutique participou de um projeto da Associação Brasileira de Estilistas (Abest), que trouxe importadores ao Brasil. As peças da grife mineira estavam em um showroom na capital paulista e a representante da loja saudita se interessou. Ela disse que as roupas tinham a cara dos produtos vendidos na boutique, segundo relato de Fróes. Assim começou e depois seguiu o relacionamento.
Gláucia Fróes tem vontade de exportar suas peças também para outros países árabes, como Emirados Árabes Unidos. A empresária descreve o mercado árabe como muito exigente e com bastante concorrência, afirma que é preciso estar preparado como atuar por lá, mas acredita que vale a pena. “É muito bom trabalhar com eles”, diz a mineira. Além da Arábia Saudita, a Plural exporta para Austrália, Estados Unidos, Portugal e Espanha.
“A aceitação fora do Brasil é melhor”, afirma Fróes sobre o sucesso das criações da Plural no mercado externo. As roupas têm modelagem mais larga, fluída e prezam o conforto, não são coladas ao corpo ou estilo sexy. A dona da grife descreve suas peças como muito contemporâneas, modernas e diferentes. “É para quem não quer se vestir igual (aos demais), para quem tem sua própria identidade”, descreve a empreendedora. Tanto no Brasil como no exterior, a grife atinge o mesmo público, mulheres de 25 a 60 anos.
As vendas ao mercado externo começaram pela Austrália, há quase três anos, quando absorviam cerca de 5% da produção. Atualmente representam cerca de 30% do que é confeccionado pela Plural. Fróes afirma que a meta é chegar a 40% e não passar disso. “Queremos atender bem todo mundo”, explica a empresária. Para chegar à meta a Plural divulga seu trabalho e prospecta vendas no exterior por meio de agentes.