Segundo a Abrafarma, que integra as 26 maiores empresas do setor no país, trata-se do maior avanço percentual desde 2011
Por Redação
O grande varejo farmacêutico nacional consolidou sua posição de destaque na economia nacional ao encerrar 2021 com faturamento acima de R$ 67,5 bilhões, valor 16,04% superior ao de 2020. Segundo a Abrafarma, que integra as 26 maiores empresas do setor no país, trata-se do maior avanço percentual desde 2011, quando o crescimento foi de 19,4%.
Como parâmetro, as grandes redes tiveram incremento de 11,14% e 8,8% nos dois anos anteriores. “A pandemia acelerou a inovação digital e a relevância das farmácias como polos de atenção primária em saúde. Mas a transformação do segmento com foco na assistência farmacêutica e em uma jornada de consumo mais amigável e multicanal já vêm fundamentando nossas operações ao longo dos últimos anos”, avalia Sérgio Mena Barreto, CEO da entidade.
Os medicamentos responderam por 68% do volume comercializado e somaram faturamento de R$ 46,17 bilhões – 17,02% a mais do que em 2020. Mas o maior destaque ficou por conta dos medicamentos isentos de prescrição (MIPs). Com receita de R$ 13,05 bilhões, a categoria foi a que mais cresceu em percentual – 22,89%.
“Os brasileiros incorporaram, definitivamente, os MIPs à sua cesta de compras, especialmente pela crescente preocupação com a imunidade. Isso demonstra também um consumidor mais maduro e atento ao autocuidado”, enfatiza Barreto.
A operação de delivery e e-commerce segue em ascensão consistente e o movimento ultrapassou R$ 2,78 bilhões, o que corresponde a uma alta de 56,77% no período. Já os chamados não medicamentos, que contemplam itens de higiene pessoal, cosméticos e perfumaria, geraram R$ 21,37 bilhões – avanço de 14,03%.
Maior tíquete médio
O consumidor das farmácias possibilitou ainda uma expressiva evolução no tíquete médio, que saltou de R$ 65,78 para R$ 71,88. “O cliente de hoje encontrou no varejo farmacêutico um canal realmente capaz de satisfazê-lo em todas as suas necessidades de saúde, bem-estar e conveniência. Tanto que reforçamos a operação online, mas sem deixar de lado o investimento na maior capilaridade física”, contextualiza Barreto.
O aumento no volume de lojas endossa esse comentário. O setor terminou o ano passado com 8.921 pontos de venda em 100% dos estados brasileiros e no Distrito Federal. O contingente de funcionários e colaboradores passou de 134,9 mil para 144,2 mil. As 26 maiores redes do Brasil detêm um market share de 45% do setor, embora representem apenas 10% das mais de 85 mil farmácias atuantes no país.
COMPARATIVO
2021 | 2020 | Variação % | |
Vendas | R$ 67.549.317.818 | R$ 58.212.041.175 | 16,04 |
Vendas de medicamentos | R$ 46.173.978.500 | R$ 39.467.227.693 | 17,02 |
Vendas de MIPs/OTCs | R$ 13.054.560.714 | R$ 10.622.752.577 | 22,89 |
Vendas de genéricos | R$ 7.664.981.410 | R$ 6.587.861.724 | 16,35 |
Vendas de não medicamentos | R$ 21.375.339.318 | R$ 18.709.574.612 | 14,03 |
Delivery/e-commerce | R$ 2.786.140.914 | R$ 1.778.395.822 | 56,77 |
Unidades totais vendidas | 2.874.042.841 | 2.723.252.437 | 5,54 |
Total de atendimentos | 940.506.361 | 884.944.912 | 6,28 |
Total de lojas | 8.921 | 8.364 | 6,66 |
Funcionários/colaboradores | 144.203 | 134.976 | 6,84 |
Fonte: Panorama Farmacêutico