O segundo trimestre foi o primeiro sob a gestão do novo CEO, Marcelo Pimentel, o terceiro presidente do grupo em quatro anos
Por Adriana Mattos
Essa foi a mensagem do comando do GPA dada ontem, durante a teleconferência de resultados do segundo trimestre. A receita líquida no Brasil cresceu 5,2%, para R$ 4,1 bilhões, e o prejuízo líquido foi de R$ 166 milhões, versus lucro de R$ 13 milhões um ano antes. Considerando a operação do grupo Éxito na América do Sul, houve prejuízo de R$ 124 milhões, frente a um lucro de R$ 29 milhões.
O segundo trimestre foi o primeiro sob a gestão do novo CEO, Marcelo Pimentel, o terceiro presidente do grupo em quatro anos. Pimentel falou das dificuldades atuais e o que vem sendo feito. O GPA havia se recuperado durante a pandemia, com a alta demanda por alimentos, mas desacelerou novamente.
“Estamos encarando todas as dores, a equipe está comprometida e definindo todas as mudanças necessárias”, disse. “Se voltar a entregar o ‘basic’ do varejo com consistência eu não tenho dúvida que volta a fazer o crescimento. E voltar a executar, executar e executar, não tem invenção da roda aqui”, disse o executivo.
Pimentel citou ainda a necessidade de avanço nas margens. Afirmou que isso deve ocorrer gradualmente e não acredita em expansão da margem de lucro antes de juros, impostos, amortização e preciação (ebitda) neste ano para acima de dois dígitos. Isso deve ficar para 2023. A margem Ebitda foi de 7,4% no Brasil de abril a junho, queda de 3,3 pontos sobre um ano antes. A margem bruta no país caiu de 27,6% para 26,3%.
Questionado sobre seu foco, Pimentel fala em evitar excesso de distrações. “O foco vem de colocar a organização como um todo nos mesmos pilares estratégicos e que não se disperse. A empresa pode se distrair e vai ter que dizer ‘não’ para que a gente consiga trazer de volta o crescimento […] e a voltar a cuidar do cliente, que vai desde garantir loja limpa, abastecida com produtos certos, ótima precificação e atendimento”, afirmou.
A empresa citou algumas ações tomadas já com resultados: a queda na ruptura de dois dígitos para um dígito alto (a até um dígito baixo em produtos de alta necessidade) e a revisão dos sortimentos de produtos disponíveis, de maneira a reduzir estoques. Ainda mencionou a retomada do Pão de Açúcar (alta de 4,6% de abril a junho), com aumento no fluxo de clientes.
Fonte: Valor Econômico