Um espaço de coworking e salas de eventos e treinamentos fazem parte do novo projeto do Governo Federal para estimular o desenvolvimento do varejo. A proposta é que varejistas usem o espaço para buscar mentoria, fazer reuniões ou se inspirar em novas ideias.
O PROVA, como o espaço é chamado, terá áreas de coworking, ilhas de tecnologias, salas de eventos e uma loja conceito, onde o varejista poderá vender seus produtos por um período determinado. A inauguração será em maio, no Shopping Frei Caneca, em São Paulo.
Ao longo de dois anos, estão previstas 102 atividades, como reuniões, ciclos de inovação, feiras e oficinas. A expectativa é receber, nesse período, 10 mil varejistas.
Com investimento de aproximadamente 4 milhões de reais, o projeto é liderado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), em parceria com a Secretaria de Comércio e Serviços do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (SCS/MDIC), e gerenciado pela consultoria Pieracciani Desenvolvimento de Empresas, especializada em inovação.
”O laboratório nasceu para fortalecer a conexão entre empresas varejistas, agentes de inovação, empreendedores, investidores, aceleradoras, academia e governo”, afirma Guto Ferreira, Presidente da ABDI.
Além da estrutura física, o PROVA dispõe de um ambiente digital para conectar indústrias, governos, empreendedores e investidores do setor. “Vamos viabilizar soluções aos grandes desafios do varejo, que são: reinventar o negócio, atender ao novo consumidor, criar novas experiências de consumo e competir em um mundo digital”, acrescenta Valter Pieracciani, sócio-diretor da consultoria de desenvolvimento de empresas que leva seu nome.
O objetivo é acelerar a recuperação e desenvolvimento do varejo. O setor sofreu com a crise econômica dos últimos anos e corresponde a quase metade, ou 47,4%, do PIB brasileiro, segundo estudo da SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo).
Nos últimos dois anos, mais de 108 mil lojas fecharam as portas e 182 mil trabalhadores ficaram sem emprego, segundo estudo da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Já em 2017, o mercado começou a retomada com crescimento de 2%, principalmente por conta das vendas de móveis e eletrodomésticos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Fonte: Exame