Um dos principais legados da pandemia para o varejo mundo afora foram as lives animadas por artistas e patrocinadas por varejistas para entreter internautas presos em casa e, de quebra, vender produtos e serviços próprios ou de terceiros, em geral lojistas de pequeno e médio porte que expõem seus produtos nos marketplaces dessas varejistas.
Esse tipo de iniciativa, chamada livestreaming commerce, é apontada por especialistas como uma das grandes tendências para o varejo em 2020 por reunir entretenimento e vendas a consumidores muitas vezes com tempo livre em suas residências.
Adotada inicialmente por varejistas chineses, como o Alibaba, antes mesmo da pandemia, a moda pegou também nos países do Ocidente. No Brasil, Magazine Luiza escalou o apresentador Luciano Huck para uma iniciativa desse tipo na Black Friday do ano passado.
Um dos principais canais para esse tipo de evento tem sido o YouTube, maior plataforma de vídeos do mundo, do Google. Nesta semana, o próprio Google vai estrear uma iniciativa própria de livestreaming commerce. Chamado de Vitrine Digital, a live do YouTube vai promover produtos e serviços de pequenas e médias empresas brasileiras. Em cerca de uma hora, PMEs poderão apresentar seus produtos em seus próprios canais no YouTube.
As lives das empresas participantes serão divididas de acordo com os segmentos de atuação em listas de reprodução (playlists) criadas pelo canal do Google Brasil. Nos vídeos, os empreendedores terão entre 40 minutos e uma hora para apresentar seus produtos e serviços, além de interagir com a audiência em tempo real, aproveitando mais essa oportunidade para divulgar seus canais de vendas.
Empresas com interesse em participar devem preencher este formulário até dia 11 de agosto. Além disso, há um treinamento on-line para os empreendedores que ainda não têm canal no YouTube ou não sabe como fazer uma transmissão ao vivo.
Uma pesquisa realizada pelo Google com 1 mil consumidores on-line realizada entre 5 e 7 de junho, mostrou que brasileiro está aberto a um comércio digital mais interativo. No total, 20% dos entrevistados disseram já ter usado algum mecanismo de venda on-line interativa, enquanto outros 26% dizem que conhecem o formato, mas nunca usaram e 27% afirmam não conhecer o live commerce, mas que há interesse em experimentar esse tipo de interação.
Fonte: Exame