A credenciadora de cartões Getnet lançou nesta quinta-feira (30) uma plataforma de serviços para o comércio eletrônico e contratou Pedro Cardoso, egresso da Adyen, para comandar a operação.
A holandesa Adyen é dona de um sistema que permite que empresas de tecnologia e varejistas aceitem pagamentos on-line e off-line, usado por clientes como Uber, Rappi e iFood.
“Os mundos físico e digital estão se unindo”, disse, ao Valor, o presidente da Getnet, Pedro Coutinho. “Claramente, vemos uma migração enorme dos pagamentos para o digital.”
A plataforma da Getnet é composta por dez serviços para o varejo on-line, que podem ser contratados em conjunto ou individualmente e atendem tanto grandes quanto médios e pequenos comerciantes.
O sistema inclui soluções de segurança — como produtos antifraude e cofre digital (para evitar roubos de valores na internet) — e uma consultoria para entender melhor os potenciais fraudadores e elevar o índice de aprovação das transações.
Há ainda serviços para a gestão do negócio, como emissão de boletos, conciliação entre o caixa e as contas da empresa, repartição de receitas entre lojistas e marketlplaces, checkout digital e recorrência, para desconto de valores mensais dos clientes. Segundo Coutinho, Getnet também vai oferecer abertura de lojas digitais para micro e pequenas empresas em 48 horas.
A empresa já tem mais de 4 mil clientes que utilizam pelo menos um de seus serviços digitais e, agora, passou a reuni-los numa plataforma única. Os clientes poderão escolher quais produtos desse cardápio querem consumir. “No total, uma empresa precisa de seis a dez fornecedores para montar uma plataforma de venda on-line completa como a que estamos disponibilizando”, afirmou Coutinho.
Participação de mercado
De acordo com o executivo, o objetivo da Getnet é ter 20% de participação de mercado no negócio de e-commerce no Brasil em três anos, o dobro do patamar atual.
A indústria de pagamentos somou R$ 1,5 trilhão em volume no ano passado, segundo a Abecs, associação das empresas do setor. Desse total, os cartões não presentes, isto é, as compras feitas on-line com os plásticos, responderam por R$ 200 bilhões. Essa é a fatia do mercado que cresce de forma mais acelerada, e por isso desperta o interesse das credenciadoras.
Fonte: Valor Econômico