Há 22 anos no Brasil, os genéricos já respondem por 33% do volume de remédios comercializados no varejo farmacêutico
Por Redação
Para cerca de 2/3 das farmácias e drogarias brasileiras, os medicamentos genéricos representam o maior motor de vendas. O segmento está bem à frente em relevância na comparação com as demais categorias, segundo sinalizou a mais recente enquete do Panorama Farmacêutico.
O levantamento mobilizou 2.486 leitores, dos quais 1.677 (67%) indicaram os genéricos como produto de referência nas prateleiras. Somente 414 (17%) apontaram os medicamentos de prescrição como principal estímulo para os negócios.
Os MIPs, mesmo crescendo acima da média do varejo farmacêutico nos últimos anos, foram a opção de apenas 258 profissionais (10%). Não medicamentos e produtos de cuidados pessoais receberam menções de 5% (126) e 1% (11%), respectivamente.
Há 22 anos no Brasil, os genéricos já respondem por 33% do volume de remédios comercializados no varejo farmacêutico. Do faturamento total do setor, 22% provém desse segmento.
Além de incentivarem os brasileiros a dar continuidade aos tratamentos de saúde, esses medicamentos impulsionam também os negócios das empresas de pequeno e médio porte. O associativismo e as farmácias independentes alcançam a maior participação de mercado justamente entre os genéricos – 31% e 25%, respectivamente.
Uma pesquisa do Instituto Febrafar de Pesquisa e Educação Corporativa (IFEPEC) com 4 mil consumidores referenda esse cenário. O estudo revelou que 63% dos entrevistados compraram pelo menos um genérico nos últimos 12 meses até abril. Deste total, 25% adquiriram apenas genéricos.
Farta produção industrial
Atualmente, cerca de 100 laboratórios da indústria farmacêutica mantêm linhas dedicadas à produção de genéricos. A Anvisa contabiliza mais de 3.800 registros desses medicamentos em 22 mil apresentações. “E a extinção do prazo indeterminado para patentes tende a alavancar ainda mais essa categoria. Passarão a ser rotina os genéricos de medicamentos de especialidades, sobretudo voltados para o combate ao câncer e a doenças do sistema nervoso central”, argumenta Telma Salles, presidente executiva da PróGenéricos.
Nova enquete
A enquete que está no ar avalia as projeções de crescimento das farmácias 100% digitais. Elas devem dominar o mercado ou perderão fôlego no pós-pandemia com o avanço do varejo físico no comércio eletrônico? Ou será que elas se integrarão a esses players tradicionais?
Fonte: Panorama Farmacêutico