Uma das maiores operações de M&A já realizadas no mercado brasileiro de shopping centers poderá ter não apenas dois, mas, sim, três protagonistas. A General Shopping surge como o terceiro elemento na operação que vem sendo desenhada pela Aliansce, do empresário Renato Rique, e pela Sonae Sierra Brasil, de origem portuguesa. Os responsáveis pela costura são o norte-americano Jaguar Real Estate Partners e o GIC, fundo soberano de Cingapura.
Sócios da Aliansce, ambos estão dispostos a dar o alicerce financeiro para a operação. A tríplice fusão daria origem a um grupo com 44 empreendimentos e valor de mercado de quase R$ 5 bilhões. Em número de shoppings, a nova companhia assumiria a ponta do mercado no país, à frente da BR Malls, com 39 centros de compra.
Procurada, a Sonae confirmou que “iniciou tratativas para uma potencial combinação de negócios com a Aliansce”, mas não há acordo firmado. Aliansce e General Shopping não se pronunciaram. Neste triângulo societário, o vértice mais frágil é a General Shopping. A família Veronezi, dona da empresa, está disposta a entregar os anéis para garantir sua participação na fusão trançada pela Aliansce e pela Sonae Sierra. Por anéis entenda-se abrir mão do controle e ficar com uma fatia minoritária, em uma venda folheada a fusão. O que está em jogo é a própria sobrevivência dos 15 empreendimentos da General Shopping. A empresa é pressionada por uma dívida líquida de quase R$ 1,8 bilhão, ou praticamente seis vezes o seu Ebitda.
Fonte: Relatório Reservado