A melhora nos indicadores de vendas no varejo desde o fim do ano passado e a perspectiva de que os consumidores deverão gastar mais em 2018 deixam a administração da General Shopping Brasil otimista. O diretor de relações com investidores, Marcio Snioka, disse que o desempenho do comércio está melhor neste início de ano.
“O reflexo dessa melhora deverá aparecer nos nossos shoppings ao longo do ano. Estamos trabalhando para capturar [essas vendas]”, afirmou o executivo ao ser questionado pelo Valor sobre o cenário econômico em teleconferência sobre os resultados financeiros do quarto trimestre de 2017.
A companhia preferiu não comentar se poderá alienar outras participações em empreendimentos ao longo deste ano para quitar dívidas. Em 28 de dezembro do ano passado, a empresa vendeu 70% do Internacional Shopping Guarulhos à israelense Gazit-Globe por R$ 937 milhões. A maior parte do valor foi recebida à vista.
Na parte operacional, a taxa de ocupação dos 15 empreendimentos atingiu 95,1% no quarto trimestre, aumento de 0,4 ponto percentual na comparação anual. Em 2017, a expansão na ocupação foi na mesma proporção, para 94,8%.
De outubro a dezembro, a receita líquida subiu 2,3% em base anual, para R$ 67,97 milhões. No entanto, no acumulado de 2017, recuou 2,7% e atingiu R$ 252,29 milhões. A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), foi de R$ 306,6 milhões, alta de 3,27 vezes. No ano, aumentou 2,12 vezes, a R$ 433,2 milhões.
O lucro líquido no trimestre foi de R$ 292,6 milhões, um salto de 33 vezes na comparação com o montante de R$ 8,84 milhões de igual período anterior. Em 2017, o lucro subiu 37,1%, para R$ 251,461 milhões. Em termos ajustados, que levam em conta efeitos não recorrentes e desconsideram o investimento em propriedades, a companhia teve lucro de R$ 45 milhões no trimestre, ante prejuízo de R$ 35,9 milhões do mesmo período de 2016. Considerando o ajuste, o lucro anual foi de R$ 9,5 milhões ante R$ 164 milhões de 2016, queda de 94,2%.
Fonte: Valor Econômico