Apesar do aumento do número de fechamentos de lojas físicas nos Estados Unidos no ano passado, a NRF (National Retail Federation), a associação do varejo norte-americano, afirma que o varejo físico não está morto. Ao contrário, a associação espera que o varejo físico passe por fortes transformações e criará mais postos de trabalho e apresentará mais inovações até 2020.
A expectativa foi afirmada durante o NRF 2018, o maior congresso de varejo do mundo, que acontece nesta semana, em Nova York. O evento, que reúne executivos e especialistas do setor com atuação global, tem mostrado um forte posicionamento do varejo sobre o novo futuro do varejo físico.
“Eu acho que haverá mais postos de trabalho abertos do que agora”, afirmou Cristina Cersoli, vice-presidente senior para estratégias de varejo da NRF, à FOX Business. “Estamos vendo a criação de mais postos em análise de dados e inteligência artificial”, completou.
Um novo jeito de comprar
As tecnologias estão por trás do que o varejo americano acredita ser o novo jeito de ser fazer compras. Para demonstrar isso, o evento apresentou um laboratório para mostrar como será a rotina de compras em lojas físicas em 2020.
As características dessa nova experiência do varejo envolvem realidade aumentada, inteligência artificial, machine learning, reconhecimento facial, big data e robótica.
“Será uma experiência com uma alta interatividade e uma elevada imersão sob a perspectiva da tecnologia”, disse a executiva. “Então, será possível testar uma maquiagem usando realidade aumentada ou mesmo experimentar uma roupa de esporte e testá-la como se estivesse jogando ou correndo, por exemplo. Esse é o tipo de coisa que você não pode replicar no seu sofá e pode levar mais consumidores de volta às lojas”, explicou.
Parcerias
Para criar e apresentar ao consumidor de fato uma nova experiência e compra na loja física, muitos varejistas têm buscado apoio e parceria de startups com tecnologia disruptiva. É o que já estão fazendo marcas como Home Depot, Target, American Eagle, Walmart e Adidas.
A startup Spacee, especializada em tecnologia para telas touch screen fechou parceria com o Walmart para ajudar a gigante supermercadista a oferecer experiências de compras com realidade aumentada.
Já a Glass Media fechou parceria com a Nordstrom Rack, AT&T e Fossil para ajudar essas empresas a digitalizar suas lojas físicas para controlar as campanhas da vitrine a partir de tecnologia de nuvem.
As startups FineMine e Slyce, que usam pesquisa de produtos com recomendação de Inteligência Artificial, já estão ajudando marcas como American Eagle e Adidas.
“As pessoas estão realmente caminhando na direção do varejo de entretenimento. Então, vamos ver mais diversão e experimentação ao fazer compras no futuro”, afirmou a especialista.
Fonte: Novarejo