Por Redação | As transações de M&A (sigla para fusões e aquisições) do varejo alimentar no mercado brasileiro cresceram 30% em 2022, na comparação com o ano anterior. É a terceira alta anual do segmento, que registrou um resultado acumulado de 116% em relação ao período pré-pandemia. As informações são de um levantamento feito pela Unio Partners, boutique de assessoria financeira com prática de M&A.
“As principais razões para esse movimento no varejo alimentar estão relacionadas a teses de consolidação lideradas por diferentes fundos de private equity com investimentos no setor e ao movimento de expansão das grandes redes, que se capitalizaram no período pré-pandemia e retomaram a estratégia de crescimento inorgânico, iniciando um ciclo mais agressivo de expansão”, explica João Albanese, sócio da Unio Partners.
O grupo Carrefour fez movimentos importantes entre 2020 e 2022, como a aquisição do Grupo BIG Brasil pelo valor inicialmente anunciado de R$ 7,5 bilhões, e a compra das lojas da rede Makro por R$ 1,95 bilhão. A estratégia é ampliar a presença da marca nas regiões Nordeste e Sul e entrar no modelo atacarejo. Em 2021, o Assaí anunciou a compra de 71 pontos comerciais da bandeira Extra Hiper.
No interior de São Paulo, os grupos Savegnago e Peralta firmaram um acordo de troca de ativos que envolveu o Shopping Passeio São Carlos e 14 lojas da rede de supermercados Paulistão.
Minas Gerais
O grupo Mart Minas decidiu expandir as suas fronteiras em 2022 e adquiriu a rede carioca Dom Atacadista, maior companhia regional do segmento atacado e varejo do estado. Ainda em Minas Gerais, em 2021, a rede Supermercados BH adquiriu 14 pontos comerciais de varejo de autosserviço do grupo Supermercados Sales.
As marcas Mart Minas e Carrefour ocupam o 1º e 5º lugares, respectivamente, no ranking dos supermercadistas que mais cresceram em 2022, realizado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
“Mesmo com os desafios enfrentados recentemente, principalmente em virtude da pandemia, as empresas estão reativando os seus planejamentos estratégicos, que foram pausados na segunda onda da Covid-19, mas ainda com cautela, aguardando algumas definições como a sinalização da política monetária no novo governo. Quem já estava avançado no processo para fusões e aquisições seguiu performando mesmo na crise”, destaca João Albanese.
Fonte: M&C