O setor de franquias deve ter fechado o ano de 2016 com aumento nominal de 8% no faturamento, como estimou ontem a Associação Brasileira de Franchising (ABF). O número final só deve ser informado em fevereiro. Se a estimativa se confirmar, 2016 será o ano com o pior desempenho do setor desde início da pesquisa, realizada há uma década. Para 2017, a estimativa é de alta nominal de 7% a 9% em relação aos R$ 150 bilhões projetados em 2016.
O setor prevê apenas variações em termos nominais, e não faz cálculos de valores reais (descontando a inflação). A estimativa é de uma queda de 1,1% no volume de redes de franquias em 2016, mas com alta de 3,1% no número de pontos no ano passado, atingindo 142 mil unidades. O que parece um contrassenso – menos redes e mais pontos – reflete um movimento de aberturas um pouco maior de lojas por parte de redes já consolidadas no mercado.
A queda projetada de 1,1% no número de marcas de franquias em 2016 equivale a uma redução de cerca de 30 empresas no setor, caindo para 3.039. A entidade não detalha quais redes estão nesse grupo e prevê que esse número de empresas se mantenha em 2017.
Sobre essa diminuição de 1,1%, a ABF diz que o número envolve empresas que tinham o projeto de abrir franquias, mas que podem ter desistido por causa da piora do quadro econômico, disse Claudio Tieghi, diretor da ABF.
A entidade informou ontem que 23 redes de franquias brasileiras estão em conversas com entidades e governos nos EUA para estudar abertura de lojas no mercado americano. Uma rodada de negócios ocorre no dia 27.
Fonte: Valor Econômico