A Santo Bier tem cinco formatos diferentes de negócio: franqueado pode escolher de carro adaptado a quiosque em shopping
A Santo Bier, franquia de “bar delivery” criada em São José do Rio Preto (SP) há três anos, tem um plano de expansão ambicioso: fechar o ano de 2018 com 5 mil operações. Para isso, aposta na venda de cinco modelos diferentes, capazes de atrair empreendedores de vários perfis.
Segundo Raphael Lanfredi, 25 anos e cofundador da Santo Bier, a inspiração para o negócio surgiu com a iminência da Copa do Mundo. Na época em que o Brasil foi escolhido como a sede da competição, há sete anos, o empreendedor trabalhava em uma franqueadora. A empresa em que ele atuava estava com medo de a Copa diminuir as vendas. Ao contrário do antigo empregador, Lanfredi foi à procura de um segmento que estivesse em ascensão e tivesse potencial para crescer. “Pensamos no conceito do bar móvel porque nem todo mundo tem tempo de ir comprar as bebidas antes de uma festa e nem quer arrumar a bagunça depois”, diz ele, que comanda a empresa junto com Dayton Thiago Gigliotti Artibale, 27, e Lucas Atanázio Vetorasso, 29.
A Santo Bier foi criada para ser uma franquia, mas a empresa atuou por três anos como uma operação única. “Foi importante trabalhar assim para entendermos o negócio e fazermos os testes necessários antes de crescermos mais”, afirma Lanfredi. A princípio, a Santo Bier trabalhava com uma Volkswagen Kombi itinerante, mas o fim da produção do veículo fez a empresa optar por automóveis da Renault. Quando entrou no franchising, a Santo Bier tinha três carros na região de Rio Preto.
Atualmente, a empresa adota cinco formatos de negócio diferentes. O modelo principal, chamado “Resgate do Santo”, é um bar itinerante dentro de um Renault Kangoo. Os interessados no serviço ligam para o franqueado, que envia o veículo no horário marcado. Os produtos disponíveis são cerveja, água, refrigerante, uísque, energético, vodka e tequila. Há uma padronização das bebidas: a cerveja é sempre da Ambev, enquanto o uísque é Johnnie Walker e a tequila, José Cuervo.
De acordo com Lanfredi, a Santo Bier não usa pacotes fechados. “É como um bar de verdade. Trabalhamos com um sistema de fichas e cada um paga o que consome”, afirma. Outra vantagem do modelo é o fim das “vaquinhas”, que nem sempre são justas, já que nem todos dão a mesma quantidade de dinheiro.
Todos os veículos adaptados têm sistema de som. Por isso, a Santo Bier tem mais de um “bar delivery”. “Podemos fazer uma festa em domicílio”, diz Lanfredi. Os carros também têm decoração: a rede tem Kangoos com fotos de Jimi Hendrix, Bon Jovi e Rolling Stones, dentre outros artistas.
Para todos os perfis
Além do “Resgate do Santo”, a Santo Bier criou outros quatro formatos de pontos de venda.
No modelo “Santa Entrega”, o franqueado trabalha com uma moto. Neste caso, não há serviço de bar – o empreendedor atua como um entregador de bebidas.
Já o “Carrinho dos Milagres” é, como o nome já diz, um carrinho de chope. Com esse formato, a meta da Santo Bier é atingir vendedores ambulantes.
As outras duas opções são de pontos fixos: o “Quiosque do Santo”, em shoppings, e o “Quiosque Santo Beach”, na praia.
Os valores contemplam empreendedores de vários perfis. Enquanto o formato do Renault Kangoo custa cerca de R$ 85 mil, o investimento em três “Carrinhos dos Milagres” é de R$ 35 mil.
Expansão
Atualmente, a Santo Bier tem nove franquias em operação. Todas elas são itinerantes e rodam nos Kangoos adaptados. Lanfredi afirma que a empresa foi procurada por interessados de todas as grandes cidades brasileiras. Em Mato Grosso, a Santo Bier já fechou um acordo com um franqueado exclusivo, que vai gerenciar 27 operações no estado.
Antes de chegar a 5 mil franquias em 2018, a Santo Bier também traçou metas intermediárias. Até o fim deste ano, a empresa planeja a abertura de 100 operações. No fim de 2016, o plano é atingir 2,5 mil unidades de todos os formatos.