Inspirada no advento dos aplicativos de entrega, a Farmazon iniciou operações em fevereiro deste ano e já projeta alcançar a marca de 800 farmácias credenciadas até o fim de 2019. Embora também mire o grande varejo, a empresa aposta nas redes de médio porte e nas independentes para atingir essa meta.
A plataforma conecta o consumidor a entregadores e estes ao estabelecimento mais próximo, com a promessa de entregar remédios isentos de prescrição, artigos de higiene pessoal e cosmética em cerca de 40 minutos. Já atua nas zonas sul e oeste do Rio de Janeiro e agora iniciou a expansão para a região metropolitana e o interior do estado. Para isso, firmou parcerias com a Drogaria Cristal e a Drogarias Carioca. Atualmente, o sistema da Farmazon reúne em torno de 150 farmácias e mais de 30 mil produtos. “As próximas praças no radar são Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo, mas vamos olhar para todas as regiões do país, pois esse é um negócio construído para ter escala”, observa o CEO Rodrigo Robledo.
O empresário prevê superar 250 mil downloads no ano e espera atrair novos aportes como os da desenvolvedora Doctor Web, que investiu R$ 1,5 milhão para viabilizar o início das operações. Robledo avalia que as farmácias de menor porte são as que podem observar uma melhor relação custo-benefício. As drogarias pagam para a Farmazon uma comissão de vendas de 5%, que inclui a taxa da máquina de cartão. “Para manter uma estrutura própria de entrega, as lojas têm uma despesa média mensal de R$ 10 mil, considerando dois entregadores e a confecção de ímãs e panfletos”, pontua.
A diferença em relação aos players do setor de entregas, como iFood e Rappi, é que, apesar da localização automatizada, há uma etapa manual realizada por 15 colaboradores. Por meio de um call center, a equipe confirma as informações, triangula a operação e monitora os pedidos. A empresa conta com um farmacêutico para tirar eventuais dúvidas por telefone. Nesses primeiros meses de operação, a entrega custa R$ 6,90 e está sendo subsidiada pela Farmazon, mas futuramente o preço ao consumidor deverá variar de R$ 5 a R$ 10. “Quando o serviço ganhar escala, a ideia é devolver ao cliente eventuais diferenças de preços na forma de cashback”, revela.