Completando 21 anos desde que surgiu no Rio de Janeiro e conquistou um senhor espaço ao sol no disputado mercado de moda nacional, a Farm agora invade outras praias. Acaba de inaugurar um, showroom em Nova York e até fevereiro do ano que vem pretende abrir de quatro a cinco lojas no país. “Somos uma marca grande, temos 70 lojas e mais de mil pontos de venda no Brasil. Tem uma hora em que é natural imaginar pra onde vamos expandir”, diz Katia Barros, diretora criativa da marca.
No caso, vislumbraram esse processo começando pelos Estados Unidos, um mercado que a marca vem conhecendo mais de perto desde que passou e ter seus produtos comercializados na Anthropologie há cerca de dois anos e onde está entre as líderes em volume de vendas.
O que faz sucesso por lá é o DNA tropical, o colorido das estampas, o apelo despretensioso das roupas e do lifestyle carioca. “Apesar estarmos num momento político e econômico péssimos, o mundo tem uma visão do Rio festiva, alegre e exuberante”, conta Katia.
Para vender a marca para os compradores norte-americanos, a Farm realiza pequenos ajustes no recorte da coleção e no estilo. Entre eles está o uso apenas de matérias primas naturais, como algodão orgânico e linho, além de uma grade de cinco tamanhos (no Brasil, são apenas quatro). Na seleção de produtos, saem de cena os florais e ganham destaque as estampas de folhagens, frutas e pássaros tropicais. “São mais exóticos para eles.”
Depois de abrir um escritório em Nova York, a marca busca pontos onde abrir lojas próprias. No radar da marca, um em Nova York, provavelmente em Nolita, um em Miami e alguns na Califórnia, como Venice Beach em Los Angeles. “Comercialmente, estamos no limite no Brasil. Tenho profissionais muito incríveis que precisam de desafios novos”, fala Katia. “Hoje parece quando a gente estava começando, aprendendo, está todo mundo na adrenalina. É muito gostoso”, afirma Katia.
Fonte: Estadão