De um ano para cá, aumentou de 37% para 43% o percentual de empresas familiares com maior dificuldade para ter acesso a crédito. O dado é de um estudo da KPMG. “As instituições financeiras passaram a exigir mais garantias reais e fazer avaliações de crédito mais detalhadas, sendo mais rigorosas”, explica Sebastian Soares, sócio da consultoria no Brasil.
A principal forma de captação de recursos das empresas familiares, segundo a KPMG, são empréstimos e financiamentos bancários (64%), seguidos de investimentos dos próprios proprietários (24%).
O levantamento também identificou outras preocupações dessas empresas. A inflação, por exemplo, foi apontada por 9% das companhias, contra 34% do estudo anterior. Os participantes do estudo estão mais confiantes do que um ano atrás: 70% disseram se sentir dessa forma, ante 42% da pesquisa anterior.
A KPMG considera que empresas familiares são as que têm uma ou mais famílias no controle, independentemente do porte. “No Brasil, essas organizações querem continuar sendo familiares, diferentemente dos Estados Unidos, onde a primeira ideia é vender o negócio”, diz Sidney Ito, também sócio da consultoria.
A pesquisa analisa ainda a quantidade de reuniões de conselho de administração – mais de dez por ano, em 53% das empresas-, o que demonstra independência na gestão. No Brasil, 53% das empresas familiares têm um conselho de administração. Na Europa, são 73%.
Fonte: Supermercado Moderno