“Acontecendo de forma bem acelerada, a evolução das empresas em direção a um mundo mais digital se torna inevitável”. Com esta afirmação de Eduardo Terra — sócio-diretor da BTR Educação e Consultoria e presidente da SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo) —, iniciou-se o painel “A Transformação Digital do Atacado Distribuidor”, que aconteceu na 39ª Convenção Anual do Canal Indireto (Convenção ABAD 2019), em Atibaia, interior de São Paulo.
O painel destacou o panorama das transformações que o setor deverá encarar no futuro — com temáticas como padronização, gestão, coleta e uso de dados, automação e a visão sobre novos canais de compra (marketplace e e-commerce) — e teve também a participação de Ana Paula Maniero, gerente de Engajamento Setorial da GS1 Brasil; Márcio Cruz Lopes, diretor de Desenvolvimento de Negócios do Grupo KION Dematic; Kai Philipp Schoppen, presidente da Infracommerce; e o vice-presidente da ABAD, Leonardo Severini, como anfitrião.
Em sua participação, Márcio Cruz Lopes destacou que, na evolução da informação digital, a automação é fundamental na otimização de processos para atacadistas e distribuidores de produtos industrializados: “A atuação das empresas está interligada à comunicação e também nas entregas rápidas e sem erro. As empresas que não investirem no futuro da logística estarão atrasadas em relação à velocidade de toda essa transformação. Por isso o funcionamento da movimentação de material nos armazéns e em todo o processo de logística possui um papel fundamental, pois se torna eminente a eficiência operacional das companhias desde o pedido até a entrega, no horário e local corretos. Isso é essencial no desenvolvimento empresarial”.
Durante o painel, o diretor do Grupo KION apresentou um case de uma multinacional varejista do Reino Unido com mais de 3.400 lojas, cujo CD Erith é o maior centro distribuidor no canal de comércio eletrônico do grupo: “Eles possuem um elevado nível de automação por meio da verticalização do estoque; processo de preparação de pedidos por meio de zonas de separação; estações de separação de produto ao homem, alinhados ao modelo de negócio. Por meio de uma plataforma digital e um centro de distribuição automatizado e conectado a esta plataforma, é possivel realizar a preparação de peditos em menos tempo, com melhor qualidade e maior eficiência”.
Segundo Lopes, a tendência da Logística de Distribuição no gerenciamento de estoque gera redução na quantidade de produtos armazenados, um abastecimento necessário e mais tempo para ser dedicado ao atendimento e pedidos no canal digital. “Para essa evolução, é importante um micro-fulfillment com softwares analíticos, inteligência artificial e automação em pequenos centros de distribuição urbanos. As lojas devem atuar como centros de distribuição, unificando operações físicas e digitais, otimizando melhor seus espaços e reduzindo custos de entregas. Lembrando que a utilização de veículos autônomos nas entregas é uma forma de reduzir custos”.
Ele informou que o Grupo KION — com as marcas Linde, STILL e Dematic — e a Águia Sistemas estão alinhados com a evolução tecnológica e criam uma sinergia única, cobrindo todas as necessidades de Intralogística Conectada. “Essa transformação digital direciona as empresas para a utilização da tecnologia na busca por processos mais acertivos e lucrativos. Ela muda o conceito de gestão, onde o uso da tecnologia é um elemento gerador de vantagem competitiva”.
Além da participação de Lopes no painel, a Intralogística Conectada expôs uma maquete de um centro de distribuição explorando a conectividade entre as marcas do grupo. Segundo Kareen Ratton gerente de Comunicação do Grupo KION a demanda pela automação está crescendo no setor atacadista, pois é um investimento compensador, por isso o conceito de Intralogistica Conectada está trazendo toda evolução digital e as últimas tendências em tecnologia para o segmento.
Fonte: Protogente