No varejo de rua a concentração de players é, na maioria das vezes, benéfica para todos. Polos especializados, como ruas famosas pelo comércio de roupas, ou concentrações varejistas com diversidade têm pontos disputados, já que os consumidores procuram esses locais quando precisam ir às compras.
Pensando nisso, um levantamento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em parceria com a Universidade Presbiteriana Mackenzie mapeou a atividade varejista de rua em São Paulo.
O estudo inédito identificou 424 polos comerciais na capital paulista. Destes, apenas 23 têm diversidade total de atividades, com farmácias, minimercados, fast-food, bancos, eletro-casa, chocolateria e cosméticos/presentes.
Os polos paulistanos
Dentre os distritos conhecidos por concentrar as maiores rendas da cidade, apenas Campo Belo possui um polo nível 1, com todos os níveis de atividade. Itaim Bibi, Morumbi e Alto de Pinheiros estão fora desta classificação, não possuindo nenhum polo registrado.
“Uma das explicações é que os hábitos de compra de pessoas desta região – além de suas preferências de consumo — passam por Shopping Centers (local que, geralmente, concentra toda atividade varejista em um só espaço).”
Larissa Campagner, coordenadora da pesquisa, urbanista da ACSP e professora do Mackenzie
Conhecidos centros varejistas da cidade de São Paulo, como 25 de Março ou Santa Efigênia, não estão classificadas entre os polos de nível 1 e 2, por concentrarem diversas atividades do mesmo setor. Entretanto aparecem no mapeamento como polos especializados.
Os Destaques são a Teodoro Sampaio, Centro Velho e Centro Novo que, além de concentrarem produtos especializados, também abrigam lojas dos mais variados segmentos varejistas.
Ainda, no levantamento, outro ponto que chama a atenção são os extremos, como Vila Maria (Av. Guilherme Cotching) e Vila Carrão (Av. Conselheiro Carrão) – que integram os 23 polos comerciais classificados como de nível 1 (maior concentração de diversidade varejista).
Fácil acesso é essencial
A acessibilidade foi um dos critérios de maior peso para a identificação de um polo varejista. O estudo destaca o fácil acesso e a concentração de consumidores – tanto moradores como trabalhadores.
“A acessibilidade é um dos fatores essenciais para a existência de um polo varejista – como estação de trem e transporte público de alto fluxo”, explica Larissa. “A alta concentração de pessoas nesses pontos, sem dúvidas, favorece ainda mais a composição das atividades varejistas”, completa.
Estes pontos explicam, segundo ela, a existência de polos em locais distantes do centro expandido, como acontece em Perus. O distrito está praticamente no limite noroeste da cidade, entretanto, possui uma estação de trem e alta densidade habitacional.
Fonte: Consumidor Moderno