Plataforma de compra e venda de produtos usados fez acordos com quatro empresas de logística, além dos Correios
Por Daniela Braun
Reduzir custos de frete é uma das táticas da plataforma de compra e venda de produtos usados Enjoei para elevar a recorrência de compras e vendas na plataforma este ano.
Além dos Correios, a empresa fez parcerias com outras quatro empresas de logística – Kangu, Jadlog, Sequoia e Uello — também para ampliar modelos de coleta de itens vendidos na plataforma, destacou o CEO Tiê Lima em teleconferência com analistas nesta quarta-feira sobre os resultados do quarto trimestre de 2020.
Lima destaca que a aposta mais agressiva em frete grátis no primeiro trimestre deste ano tem como meta elevar a recorrência.
No quarto trimestre, o volume bruto de vendas (GMV) de mercadorias no Enjoei alcançou R$ 162 milhões, alta de 95% sobre igual período do ano passado.
Nos três últimos meses do ano, a empresa alcançou 192 mil novos vendedores, alta de 74% ante o quarto trimestre de 2019. O volume de compradores no mesmo período aumentou 105%, para 209 mil.
A empresa fechou o ano com 683 mil vendedores ativos, número 28% superior ao volume de 2019, e com 790 mil compradores ativos, o dobro do registrado um ano antes.
O número de visitantes únicos foi de 31 milhões no quarto trimestre, 181% acima do volume registrado um ano antes.
Ampliar a cobertura geográfica e o sortimento de produtos estão entre as metas para 2021, contando com parcerias com varejistas. No ano passado, a empresa fechou 20 parcerias com grandes varejistas, 10 com grandes marcas de moda e 150 com pequenos vendedores.
O volume de produtos anunciados na plataforma foi de 3,3 milhões no quarto trimestre, um avanço de 74% em relação a igual período de 2019. A empresa também iniciou um rastreamento para remover itens falsificados ou duvidosos da plataforma. Em um mês foram retirados 2.200 itens do ar.
Como a empresa está mais concentrada em itens usados e novos de moda e decoração, segundo Lima, na pandemia, as ofertas precisaram ser adaptadas ao comportamento do consumidor. “No lockdown, as pessoas ficam direcionadas ao consumo mais previsível e redirecionamos as categorias a esse consumo.”
A empresa, que abriu capital na bolsa em novembro, registrou prejuízo líquido de R$ 18,8 milhões no último trimestre do ano passado, ante perdas de R$ 12,8 milhões no quarto trimestre de 2019. No consolidado de 2020, as perdas cresceram 50%, para R$ 31,1 milhões.
A receita líquida cresceu 75% no último trimestre do ano passado, para R$ 28,6 milhões. Segundo a companhia, a alta foi impactada positivamente pela reversão de posicionamento de PIS e Cofins realizada em junho de 2020, além de ajustes favoráveis de conciliação dos impostos nos trimestres anteriores. No ano, a receita saltou 48%, para R$ 79,6 milhoes.
O resultado antes de juros impostos amortização e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês) ficou negativo em R$ 18,6 milhões, queda de 71% em relação ao mesmo intervalo de 2019.
Fonte: Valor Econômico