Processos realizados de forma consciente e eficaz abrem espaço para a excelência operacional. Com base nessa premissa, empresários e executivos do varejo alimentar se reuniram no último dia 11 de agosto, quarta-feira, às 10h00, para tratar dos maiores desafios em mercado de acirrada competição e crescentes exigências por parte do consumidor. Trata-se da segunda edição do GIC Amplia WebTalk de agosto, com o tema Excelência no Varejo: Estoque Ideal e Combate à Ruptura. Lançada em junho deste ano, a série traz o que há de melhor no varejo sobre os principais temas e tendências no Brasil e no mundo, com repercussão no dia a dia dos negócios. Desta vez, entraram na conversa digital os desafios da operação em etapas sensíveis e seus riscos principais, como a falta de produto em loja para vender ou, pior, a presença da mercadoria em estoque mas ausente ao olhar dos consumidores, as chamadas rupturas comercial e de exposição. O Amplia WebTalk trouxe o Diretor de Operações do Tenda Atacarejo, Fernando Alfano, e o Coordenador do Comitê de Prevenção de Perdas da Associação de Supermercados de Santa Catarina (ACATS), Airton Said, que responde pela área na Rede Angeloni; além do CEO da GIC Brasil, Irineu Fernandes, autor do livro “O Futuro do Varejo no Século XXI, Pandemia e Transformação”. O presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), Eduardo Terra, faz a mediação do webinar. Negócio sustentável A ruptura afeta diretamente a evolução e sustentabilidade do negócio. Gera perdas, reduz a lucratividade e impacta negativamente a imagem da rede e a experiência do consumidor. “Para a gestão eficaz, não basta saber apenas quanto de produto chegou ao estoque e quanto passou pelo ponto de venda. É preciso ter o controle de tudo o que acontece dentro da loja entre estes dois momentos e ter capacidade de resposta. Isso faz a diferença”, afirma o CEO da GIC Brasil. Pouco mais de dois terços das perdas nas redes de supermercado decorrem de quebras operacionais (48%), erros de inventário (10%) e erros administrativos (10%). Na prática, sete a cada dez redes brasileiras contam com área de prevenção de perdas, que no geral reportam à alta direção: presidência (31%), operacional (19%) e financeiro (13%). Os dados integram a mais recente Avaliação de Perdas no Varejo Brasileiro de Supermercados, divulgada em maio deste ano pela Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS). Entre os 23 dispositivos tecnológicos utilizados na prevenção de perdas, o coletor para realização de inventário aparece como maior destaque no levantamento da ABRAS. O uso da tecnologia emerge como fundamental para a excelência da gestão do recebimento e estoque do produto até a correta exposição na gôndola. A questão essencial, contudo, é ter a capacidade de integrar o monitoramento e a movimentação de pessoas, processos e mercadorias dentro da loja, de imediato. A tecnologia e o capital humano A pandemia da Covid-19 trouxe novas camadas de desafios à gestão do varejo supermercadista. Junto ao gerenciamento ótimo nas lojas físicas, a integração do digital avança fortemente e com ela a necessidade de uma nova cultura. Um estudo publicado este ano pela SBVC mostra uma radiografia dos investimentos em transformação digital, da automação e treinamento dos funcionários nas empresas do varejo brasileiro. Mostra que houve um aumento de 87% no investimento em Transformação Digital. Mais ainda, o estudo da SBVC avança na direção da relação entre o management e os colaboradores nas empresas. Os dados indicam que 97% dos varejistas acreditam que líderes são cocriadores e devem trabalhar em parceria com seus funcionários. “Sem dúvida são conclusões reveladoras, que sugerem uma maturidade da Transformação Digital nas empresas. As empresas estão precisando ser muito ágeis, trabalhar em squads, times horizontais, atuar remotamente e usar tecnologia para vencer os desafios e continuar operando”, afirma Eduardo Terra. Foto: divulgação Leia também GIC completa 20 anos com novas soluções para automação do varejo