Consumidores exigentes, adquirindo produtos em lojas virtuais e cobrando entregas rápidas. O cenário de consumo atual impõe desafios não apenas para as empresas que comercializam os produtos, mas também para aquelas que operam as instalações logísticas que os armazenam. Com 30% da operação destinada ao e-commerce, a GLP Brasil, uma das maiores operadoras de galpões logísticos no país, identifica na grande carência de infraestrutura uma oportunidade. “Existe muito campo para crescer. O desafio é o nível de serviço”, afirma o presidente da GLP Brasil, Mauro Dias.
Com 30% de sua operação destinada ao e-commerce, a empresa está concentrada nos grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro. Considerando todo o mercado brasileiro, Dias identifica um déficit: somente 15% das instalações disponíveis são modernas – o que corresponde a um total de 20 milhões de metros quadrados. “Com a mudança no padrão de consumo, existe uma busca por eficiência muito maior em todo o ecossistema de logística – o que inclui automação e ferramentas para distribuição, por exemplo”, explica o presidente da GLP Brasil.
Considerando tais demandas, a empresa tem apostado na aquisição de novos terrenos, com foco “nos principais mercados”, e também na modernização de algumas instalações – com investimentos em energia solar e iniciativas sustentáveis. Inovar na instalação de galpões logísticos, conforme explica Dias, também significa maximizar o aproveitamento da área disponível de acordo com a necessidade de cada cliente, buscando flexibilidade e maior eficiência.
O total de aquisições feitas pela GLP Brasil chega a 2 milhões de metros quadrados de terrenos, com potencial construtivo de 636 mil metros quadrados. Uma das construções está prevista em um contrato assinado em dezembro com o grupo GPA, que terá um novo galpão de 100 mil metros quadrados no Rio de Janeiro. A empresa também expandiu seu contrato com o Mercado Livre, expandindo a área de 28 mil para 51 mil metros quadrados em um empreendimento em Louveira, no interior de São Paulo.
Em 2018, a empresa, presente em outros oito países – Japão, China, Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, França, Holanda e Índia – investiu um total de R$ 700 milhões na expansão de seu portfólio no Brasil, que hoje chega a 4,9 milhões de metros quadrados.
Fonte: Época Negócios