Diante da previsão de perda de R$ 300 milhões por conta da greve dos caminhoneiros, os lojistas virtuais vão pedir, por meio do Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP, algumas medidas emergenciais para as entregas até que situação se normalize.
Entre os pleitos estão a solicitação de isenção de rodízio para os transportes de cargas e entregas expressas e circulação em marginais, o reforço na segurança pública para liberação de volumes represados e garantia de segurança de motoristas e cargas, bem como o reforço no processo de auditoria e agilidade na liberação de carga nos postos fiscais estaduais.
“O atraso das entregas e eventual acréscimos de prazos para entregar os novos pedidos podem gerar um desestímulo nas vendas, afetando diretamente o faturamento de todo o e-commerce e, por consequência, agravando ainda mais o quadro de desemprego no Brasil”, comentou o presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP e diretor de relações institucionais da Ebit, Pedro Guasti.
Os varejistas ainda se comprometem a contratar frota adicional terceira para suprir o desbalanceamento e elevar o período de entrega para 24 horas. “Outro compromisso é a contratação extra de escoltas ostensivas e solicitar reforço na segurança pela PRF em virtude dos valores embarcados”, disse, fazendo menção aos valores maiores que os normais que deverão ficar nos caminhões para atender os clientes.
De acordo com estimativa das entidades, mais de 50 mil varejistas formais do e-commerce foram prejudicados diretamente com a greve, e o problema é ainda maior quando a carga transportada é perecível ou medicamentos. “Nesses casos, além dos custos da paralisação, há os custos das mercadorias, que simplesmente perdem sua validade ou estragam antes do consumidor final ser atendido, sem contar o impacto no fluxo”, completa.
Fonte: DCI