Se a pandemia do coronavírus impactou negativamente em vários setores em 2020, outras atividades ganharam nova impulsão e ajudaram a economia a ter fôlego extra. É o caso do comércio eletrônico, já que muitos clientes apostaram nas compras pela internet para manter o distanciamento social e se prevenir da COVID-19. Nesse sentido, a tendência é que os brasileiros continuem apostando no comércio online, mesmo com a distribuição das vacinas já em planejamento no país.
Um levantamento recente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) mostra que 70% dos entrevistados pretendem continuar comprando pela internet. E a preferência inclui vantagens, como conforto para comprar sem sair de casa, promoções e maior abundância de mercadorias.
As vendas online foram impulsionadas a partir de março, com o fechamento das atividades físicas em praticamente todas as cidades brasileiras. Dados de uma pesquisa feita semestralmente pela Ebit/Nielsen (plataforma que mede o grau de confiabilidade do setor), em parceria com a Elo, mostraram as lojas virtuais registraram um crescimento de 47% no primeiro semestre, sua maior alta em 20 anos.
Pagamentos
Especialistas apontam que as lojas virtuais devem estar preparadas para atender com eficiência os consumidores. Isso inclui aqueles que não estão formalmente inseridos no mercado financeiro e que, por isso, se veem sem muitas alternativas de pagamento para comprarem pela internet. Por isso, o varejo será obrigado a oferecer novos meios de pagamento.
Mas, de nada adianta apostar na presença digital se a marca não estabelece uma conexão atrativa e que estimule o engajamento com o público. Por isso, uma das opções é investir também em mídia e publicidades diferenciadas, que engajem os consumidores. Hoje, há empresas que desenvolvem peças publicitárias em formatos diferenciados e totalmente personalizados, e que possibilitam acompanhar os resultados em tempo real.
“Desta forma, é possível agregar mais valor ao seu produto ou serviço, além de evitar gastos desnecessários com propagandas que não atingem de fato as pessoas certas”, ressalta Victor Canô, CEO da Cazamba, empresa de tecnologia em mídia.
Marca
Anexar uma marca a todos os meios digitais também se tornou uma prática indispensável para comerciantes que possuem lojas físicas e querem continuar operando, além de atrair e fidelizar clientes. Por conta disso, existem hoje diversas ferramentas que deixam os processos de venda mais assertivos.
“As redes sociais e as lojas online foram as principais estratégias utilizadas pelas marcas para manter as lojas ativas e um bom relacionamento com o seu público. Diante desse cenário, pudemos perceber que a digitalização dos negócios se consolidou com uma nova tendência no setor varejista”, afirma Jefferson Araújo, CEO da Showkase, empresa que oferece aos empresários uma plataforma completa que simplifica o processo de digitalização dos negócios.
Uma das ferramentas para avaliar o comportamento do consumidor com base em dados é a análise preditiva, considerada fundamental para aprimorar as tendências de mercado.
“A ferramenta de análise preditiva é fundamental para o cliente que procura antecipar futuros riscos e perceber oportunidades no mercado. Com um bom processo de estruturação e análise de dados, é possível prever um compilado de informações. Uma boa estratégia para quem busca se destacar em 2021 no varejo”, explica Diego Tessarollo, CEO da Simon, startup que oferece plataforma digital de Inteligência Artificial.
Fonte: Estado de Minas