Para identificar as tendências do e-commerce em mercados-chave da região, bem como oportunidades, desafios e como a logística pode ajudar a acelerar seus resultados, a DHL desenvolveu um estudo sobre o comportamento do setor em toda América Latina. Segundo o material, a previsão é que o e-commerce cresça, anualmente, 22% até 2021, em toda a América Latina, índice similar ao do Brasil, com uma expectativa de crescimento de 17%, ficando atrás apenas do México, com 25%.
A pesquisa divide a região em três segmentos: mercados maiores, como Brasil e México, que são a porta de entrada para muitos players de e-commerce; os de médio porte, como Colômbia, Argentina, Chile e Peru; e os menores, localizados na América Central e no Caribe.
Os dois últimos oferecem um potencial significativo para o crescimento do comércio eletrônico cross-border, entre países, com capacidade para estocar produtos e atender à várias localidades de forma rápida e com baixo custo.
Esses dados reforçam que a América Latina deve ser a próxima para a fase de revolução do e-commerce.
“O setor continua relativamente em desenvolvimento na região, por isso ainda há espaços para os varejistas estabelecerem uma base e para os operadores de logística os apoiarem, construindo cadeias de suprimentos para um e-commerce eficiente”, afirma Matthias Heutger, chefe global de Inovação e Desenvolvimento Comercial da DHL.
Conexão com o consumidor
As empresas que se conectam emocionalmente ao consumidor final têm o poder de sucesso em suas vendas online, segundo o levantamento. Os grandes players costumam abrir caminho, facilitando a transação online para consumidores e vendedores, permitindo que as tecnologias vinculem vários aspectos da venda digital, enquanto as mídias sociais se tornam cada vez mais importantes para influenciar as decisões de compra.
A logística, entretanto, ainda é um dos principais desafios para um crescimento mais dinâmico na América Latina. De acordo com a pesquisa, dentre os principais problemas estão: os entraves e a lentidão do desembaraço aduaneiro, congestionamentos e infraestrutura abaixo do ideal para entrega no last mile, além da complexidade dos processos de logística reversa para devoluções.
O último item listado é apontado como um dos maiores obstáculos para o desenvolvimento do segmento, devido aos altos índices de trocas e a falta de lucro e rentabilidade quando isso acontece. Nos Estados Unidos, algumas categorias, como moda, possuem taxas que chegam a 50% nas lojas online, enquanto as unidades físicas respondem por 9%. Já no Brasil, as devoluções respondem por 25% das compras totais, sendo o volume mais alto da região.
Para contornar estes problemas, a pesquisa apresenta cinco elementos-chave que compõem um centro de distribuição regional eficaz: zona de livre comércio, infraestrutura eficiente de portos e aeroportos, regulamentação comercial e aduaneira favorável aos negócios (como os retornos cross-border), conhecimento específico de logística de e-commerce e a cooperação entre indústrias — com comerciantes, fornecedores de tecnologia e logística trabalhando em sincronia.
Para conferir o estudo na íntegra, acesse a página.
Fonte: E-commerce Brasil