Mesmo com a recessão econômica, o comércio eletrônico já provou que neste ambiente a crise não provoca impactos nas vendas como nas lojas físicas. Segundo resultados do levantamento feito pela e-Bit/Buscapé, o faturamento do e-commerce no Brasil atingiu R$ 9,75 bilhões no primeiro trimestre deste ano.
“O comércio eletrônico tem se mostrado como um setor muito atrativo aos consumidores e apresentou elevação se comparado com o varejo offline”, comenta André Ricardo Dias, diretor-executivo da E-bit/Buscapé. “O mercado deverá continuar com o crescimento neste ano, conforme nossa prévia estimativa, devendo crescer 8%, motivado também pelo aumento das vendas via dispositivos móveis”, acrescenta.
E é nesse ambiente que o Mercado Livre nasceu e vem ampliando a atuação não só com venda pela internet, mas com negócios que englobam meios de pagamentos, plataforma de e-commerce e soluções de ERP para empresas digitais. A compra da empresa de TI KPL deu essa expertise ao grupo. Segundo Leandro Soares, diretor de Marketplace do Mercado Livre, só em 2015, foram 7 milhões de vendedores únicos em toda América Latina sendo que o Brasil representa 50% desse número. “Também registramos 24 milhões de compradores únicos na região e os brasileiros são metade disso”, conta Soares.
A empresa, que atua em 18 países da América Latina e Portugal, registra 3 mil buscas por segundo, o que resulta em 4,5 produtos vendidos por segundo. Em 2015, foram 130 bilhões de mercadorias comercializadas na plataforma. E esse mercado, continua o diretor, tem muito espaço para crescer nos próximos anos, principalmente se levarmos em consideração a população brasileira, que tem mais de 200 milhões de habitantes e 45% nunca entraram na internet. “Também podemos considerar o avanço da bancarização, pois abre espaço para os brasileiros comprarem mais. As opções são infinitas”, aponta Soares.
Neste ambiente de oportunidades, o marketplace tem se tornado um mercado propício para as vendas online, pois ele está para o mundo digital assim como o shopping center está para o espaço físico. “É um ambiente democrático. Varejistas de diferentes tamanhos e segmentos podem vender, aumentar os lucros e se posicionar virtualmente.”
Segundo ele, o Mercado Livre está empenhado em melhorar a experiência dos clientes, seja o vendedor ou o comprador. Para isso, desde 2012 a empresa abriu as APIs para os desenvolvedores, principalmente no ambiente móvel, e toda tecnologia é desenvolvida em casa por meio dos 700 engenheiros de tecnologia espalhados no Brasil, Uruguai, Argentina e Estados Unidos.
“E por falar em democracia, nossa carteira de vendedores tem quase a totalidade de pessoas físicas. Entretanto, estamos com uma nova estratégia para trazer lojas oficiais para dentro do Mercado Livre. Desde 2014 fechamos parcerias com marcas como Sony, Toshiba, Decathlon, Sansung, entre outras e a ideia é ampliar para mais de 350 marcas até o final deste ano”, conclui.