Na contramão da crise, o e-commerce brasileiro deve crescer em 2016. Este é o resultado de um relatório da Webshoppers, da BigData Corp. e da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), que mostra que, enquanto o PIB deve recuar 3,35%, o setor de compras e transações financeiras digitais aumentará em 8% até o final deste ano.
O aumento dos consumidores que preferem o ambiente virtual para fazer compras gera a expectativa de faturamento do e-commerce de R$ 52 bilhões até dezembro. Analisando um pouco mais as lojas virtuais, é possível perceber que 73,8% delas possuem certificado SSL e 58,8% não tem serviços de pagamento integrados. Além disso, 23,7% dos varejos virtuais são PMEs.
Com relação às vendas, 30% são feitas via mobile e 20% via marketplace. Mesmo com poder de compra reduzido, alguns consumidores não deixam de fazer novas aquisições. E aumentou o número de compradores que optam pela venda a prazo: o cartão de crédito é o meio de pagamento preferido do brasileiro, utilizado em 73,5% dos pedidos. De acordo com um estudo do Pagar.me, empresa de tecnologia especializada em meios de pagamento, as vendas parceladas entre dez e doze vezes aumentaram 6% neste ano.
Já as compras parceladas entre sete e nove vezes se mantiveram estáveis, com variação de 0,1% nos primeiros meses do ano. A maior mudança ocorreu com pedidos em seis vezes: no início do ano, respondiam por 9,8% das compras e, no fim de junho, fecharam com 6% da escolha dos clientes nas lojas online.
“O aumento da preferência por compras a prazo mostra que o brasileiro tem sentido mais confiança na economia, voltando a parcelar suas compras no e-commerce”, disse Henrique Dubugras, sócio-fundador do Pagar.me. No entanto, o pagamento à vista segue na liderança, com 55% do total.
Em relação às bandeiras, o volume de compras processadas com Visa aumentou 60% entre janeiro e junho de 2016, enquanto que Mastercard cresceu 56% no mesmo período. No marketshare, a Visa está na liderança, com 51,6% do total.