Varejo de material de construção aproveita momento favorável para expandir rede de lojas físicas
Por Joana Cunha*
Enquanto a cimenteira franco-suíça LafargeHolcim decidiu colocar à venda sua operação brasileira para deixar o país, a Disensa, rede de franquias de material de construção do grupo, segue anunciando números recordes. A varejista encerrou o mês de abril com 221 lojas, em seis estados, ante 135 unidades no primeiro quadrimestre de 2020.
E o faturamento alcançou R$ 75,6 milhões de janeiro a abril, 33% superior a igual período do ano passado.
Segundo a empresa, foi o melhor quadrimestre em expansão no número de contratos, desde que a rede chegou ao país, com 44 novos acordos.
Favorecido por condições da pandemia, como o auxílio emergencial e as reformas dos consumidores isolados em casa, o varejo de material de construção, que não foi obrigado a fechar as portas na maior parte do tempo, comemorou crescimento expressivo de vendas, acompanhado de falta de produtos e alta de preços.
O cenário também beneficia o crescimento de outras empresas do setor, como a rede C&C, que estuda a aprovação de um plano mais forte de abertura de lojas para os próximos meses, além da previsão de uma nova loja para o segundo semestre e a reforma de ao menos 11 unidades em São Paulo e no Rio de Janeiro.
No mês passado, as lojas físicas da C&C ainda registraram aumento no fluxo de consumidores, com alta de 60% nas vendas, segundo a empresa, que projeta novo impulso em junho. A estratégia vai ser uma ação promocional agressiva.
As vendas foram puxadas pelos materiais de acabamento. Pisos e revestimentos quase dobraram em relação ao ano passado. A venda de louças cresceu cerca de 50%, e os metais, 30%, segundo a empresa.
*com Mariana Grazini e Andressa Motter
Fonte: Folha de S. Paulo