Na visão da IDC, o universo digital está crescendo 40% ao ano e até 2020 teremos 44 bilhões de gigabytes em todo o mundo. E na era digital, a informação nunca foi tão poderosa, pois ela é o cerne desse novo ecossistema e lidera a transformação dos negócios. Além disso, as empresas tendem a investir em uma ampla variedade de tecnologias e capital humano para não só entender esse universo, mas também focar na inovação empresarial.
E o setor varejista está inserido nesse contexto, muitas empresas de Varejo já entenderam a importância dessa transformação com uso de tecnologias disruptivas. Mas, na visão de André Miceli, coordenador do MBA e Pós-MBA em Marketing Digital da Fundação Getúlio Vargas, essa jornada está apenas começando no Brasil.
“Os varejistas nacionais não fizeram tudo que precisa ser feito para chegar aos patamares de inovação dos Estados Unidos, o principal mercado de Varejo do mundo. Estamos caminhando, mas carecemos de mão de obra especializada e melhores estratégias no atendimento e personalização do cliente”, pontua.
Segundo o especialista, o Varejo brasileiro precisa amadurecer no sentido de conhecer profundamente todas as ferramentas que podem ser utilizadas na era digital, além de ofertar serviços elementares para os consumidores. “Mergulhar no universo do comércio eletrônico e automatizar os canais de atendimento ao cliente são passos fundamentais dessa jornada”, explica Miceli.
Outro ponto importante é a capacitação de pessoas na cultura digital do negócio. Segundo o especialista, conhecer profundamente o cliente, principalmente os millennials que têm um comportamento diferente, vai fazer a diferença na competitividade do setor. “Os varejistas precisarão entender melhor o perfil a fim de direcionar ofertas especializadas no consumidor mais jovem”, acrescenta.
E a inteligência analítica, com soluções de BI, analytics e big data, está entre as tecnologias mais promissoras para entender o cliente e entregar uma verdadeira experiência de compra. Miceli acredita que o Varejo ficará mais pessoal, o que exige um conhecimento maduro das informações e dados estratégicos que podem virar ações de marketing e resultados lucrativos.
“No Brasil, ainda não temos capital humano para analisar os dados e usar isso a favor do negócio, por isso bato na tecla da capacitação das pessoas. Enquanto isso, o que o varejista pode fazer é guardas os dados que estão disponíveis, pois os softwares de leitura de big data estão barateando e, em breve, teremos maturidade para entregar personalização no atendimento ao consumidor”, finaliza Miceli.
Fonte: Decision Report