Setores como entrega de alimentos e varejo e farmácias on-line deverão aproveitar a situação de isolamento social provocada pela covid-19.
No outro extremo, aeroportos, hotéis e os governos deverão lutar para se recuperar dos efeitos da pandemia devido a problemas de insuficiência de capital para enfrentar uma recessão prolongada ou pela má execução da transformação digital.
As informações são de estudo da KPMG, que listou como os principais setores da economia brasileira deverão se recuperar da pandemia.
No estudo, a KPMG divide as empresas em quatro grandes blocos. O primeiro, onde se encontram o delivery de alimentos e as farmácias on-line, foi batizado de “Crescimento” e nele a tendência é de avanço durante a pandemia, fruto das características do negócio, normalmente digital e beneficiado pelas demandas criadas com o isolamento social.
“A pergunta é se isso é elástico ou é permanente, porque esses são setores que sofreram muito pouco ou praticamente nada e cresceram independentemente da crise”, afirma o presidente da KPMG no país, Charles Krieck, lembrando que nesses casos o ritmo de negócios depois da pandemia vai se dar em patamar superior ao existente antes da covid-19.
O segundo setor, batizado no estudo de “Retorno ao normal”, engloba as empresas vistas como essenciais, mas que vão sofrer os efeitos da recessão devido ao distanciamento social do consumidor.
A tendência nesse caso, pondera a KPMG, é de recuperação mais rápida à medida que a demanda voltar ao normal. Aqui estão incluídos serviços financeiros, transporte rodoviário e urbano, agricultura e tecnologia e telecomunicações.
Efeitos em diferentes setores — Foto: Reprodução/Valor Econômico
Fonte: Valor Invest