Por qualquer rua do mundo em que um brasileiro caminhar, ele será questionado a respeito de sua habilidade no futebol. Afinal, os cinco títulos da Copa do Mundo conquistados pela seleção canarinho trouxeram ao Brasil a alcunha de “nação do futebol”. Além disso, é fácil notar pessoas se exercitando ou desfilando corpos sarados em grande parte de praias do País. Com esses clichês bem conhecidos ao redor do planeta, seria de se imaginar que o brasileiro é um povo muito ligado ao esporte. Porém, não foi isso o que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou em recente pesquisa.
De acordo com o órgão, 100 milhões de pessoas, praticamente metade de toda a população, são sedentárias. Ou seja, essas pessoas não levantaram do sofá ou da cadeira do trabalho para praticar algum tipo de exercício. “Podemos ver isso como uma oportunidade”, diz o francês Cedric Burel, CEO da Decathlon no Brasil, enxergando o copo meio cheio. “E mesmo que elas não comecem a fazer exercícios, temos quase o dobro da população da França de consumidores no mercado.”
Apesar de gostar de deixar claro que se trata de uma empresa tocada por uma gestão horizontal, Burel é, desde o ano passado, o principal responsável pela expansão da gigante varejista francesa de artigos esportivos. Em suas mãos está a missão de fazer com que a empresa, que faturou 10 bilhões de Euros globalmente em 2016, engrene após anos de crescimento tímido no Brasil.
Expansão
Em operação no País desde 2000, a Decathlon abriu, em média, uma loja por ano até 2014. Depois, aumentou o ritmo e inaugurou sete novos estabelecimentos, totalizando 21 unidades. Após ter o primeiro lucro de sua história no ano passado, a subsidiária brasileira planeja acelerar os planos e inaugurar sete pontos de venda todos os anos, totalizando 100 até 2027. “A matriz na França nos deu carta branca para acelerarmos a expansão”, diz Burel.
Fonte: Novarejo