Processo publicado no dia 1º de fevereiro cita falta de pagamento por parte da atual dona da companhia
Apesar das notícias de que a Daslu, comprada por um grupo de investidores em uma negociação que começou nas últimas semanas, estaria “diminuindo” o tamanho de sua loja principal para um quinto do atual – de 1.500 m² para 300 m² – é possível que essa loja, no shopping JK Iguatemi, nem continue existindo.
Um processo do shopping contra a marca, aberto no final de janeiro deste ano, solicita o despejo da Daslu por falta de pagamento. O valor da ação é de R$ 2.548.037,40. O processo, publicado no Diário de Justiça do Estado de São Paulo do dia 1º de fevereiro, pede o “despejo deduzido liminarmente e com fundamento na falta de pagamento, tem como pressuposto a ausência de qualquer das garantias locatícias previstas no artigo 37, da Lei 8.245/91”. O prazo para a desocupação, ainda segundo o texto do processo, seria de 15 dias a partir da publicação do mesmo, “condicionado o cumprimento da medida à prestação de caução real em valor equivalente a três meses de aluguel”.
A companhia endividada, que contaria com o trabalho dos novos donos para tentar reerguer-se, também pode estar com problemas na própria venda da marca.
Uma decisão cautelar de março de 2013 obtida pelo InfoMoney através de fontes impede “a transferência, por qualquer meio ou sob qualquer forma, inclusive em decorrência de reorganizações ou reestruturações societárias, de participações societárias ou quotas de sociedades e veículos de investimento brasileiros pertencentes direta ou indiretamente à LAEP”.
A Daslu, atualmente, faz parte das empresas pertencentes à LAEP, o que significa que, até essa liminar ser derrubada, ela não poderia ser vendida.