Nova loja-conceito da rede de supermercados conta com uma escola gastronômica que oferece cursos, interação e entretenimento
Por Redação
Para quem nunca ouviu falar no conceito, ele remete à junção de educação e entretenimento. Ações planejadas com esse intuito são uma ótima oportunidade para engajar e fidelizar clientes, principalmente os que têm acima de 60 anos, a chamada geração prateada.
Foi o que fez o Dalben, que tem em sua loja conceito (flagship store) a Escola Gastronômica by Tramontina. “Cursos de culinária, como os oferecidos pelo Dalben, são um exemplo de edutainment. A geração prateada adora esse tipo de atividade, onde pode aprender, interagir e se entreter. Essa é uma oportunidade de conversar com esse público, educá-los sobre como podem se alimentar melhor e colocá-los no centro das atenções”, afirma Danilo Nascimento, CRO da Propz.
Para melhorar a experiência desse cliente nos supermercados, é importante observar que ele gosta de participar, se sentir ouvido e acolhido. Além disso, é necessário pensar que se trata de um shopper que aprecia o contato humano, quer ser atendido com atenção e paciência.
“Há 25 anos o Grupo Pão de Açúcar já tinha o Comitê do Cliente, que promovia encontros para que os consumidores pudessem opinar sobre as lojas. Muitas mudanças e inovações ocorreram graças a esse comitê e a maioria dos participantes tinha em torno de 60 anos”, complementa Gisele Paula, CEO do Instituto Cliente Feliz.
Mais atenção, menos atrito
Para atrair e fidelizar a geração prateada, outra estratégia vencedora é proporcionar uma experiência fluida dentro da loja, com o mínimo possível de atrito, tanto em relação à comunicação quanto às ações adotadas. “Um ótimo exemplo disso é o Amazon Fresh. O cliente pega o produto da gôndola e o coloca no carrinho. Esse carrinho já lê, entende e cobra pelo produto, com praticidade e sem filas. Tudo é interativo e muito prático”, comenta Danilo.
Segundo Gisele, a geração prateada forma um público altamente qualificado, com uma bagagem incrível. “O 60+ é um consumidor que está em busca de novidades, mas a comunicação com ele não pode ser na linha do ‘compre 2, leve 3’. Esse tipo de persuasão não funciona. A comunicação pode até ser feita pelos canais digitais, desde que ela leve verdade e transparência. A geração prateada quer conhecer as novidades, mas está sempre com o pé no chão”, explica Gisele.
Digitais, pero no mucho
É bem verdade que, durante a pandemia, a geração prateada teve de se aventurar muito mais no mundo digital. Mas, de fato, ainda não está totalmente adaptada a essa realidade. “É um público que utiliza a ativação digital, por exemplo, para reduzir o esforço em comparar preços nos tabloides, mas tem dificuldade em consumir digitalmente e em utilizar aplicativos de pagamento. Preferem pagar com o cartão ou em dinheiro”, afirma Danilo.
Da mesma forma, o especialista indica que a geração prateada não é tão impactada por experiências digitais no PDV, com o uso de QR Code. “Isso tem evoluído, mas ainda não apresenta resposta tão significativa”, diz.
Fonte: Super Varejo