De acordo com Sabatini, há interessados em investir em seis unidades, sendo quatro na Grande Vitória e duas no interior (uma no Sul e outra no Norte capixaba).
Para ele, os problemas financeiros enfrentados pela companhia não afetarão essas operações. “A marca é muito forte e conhecida do consumidor capixaba. São 80 anos de mercado. Além disso, estamos seguros com a retomada da economia, que vem dando sinais claros de melhora. 2018 vai ser um ano de ascensão. Estamos otimistas com esse novo projeto.”
O gerente acrescentou que as franquias terão três diferentes portes. O pequeno, que é para lojas com tamanhos entre 100 e 150 metros quadrados (m2); o médio, entre 200 m2 e 250 m2; e o grande, que prevê unidades de 300 m2 a 400 m2.
“Nosso desafio nesse processo foi pegar um mix de produtos de uma loja grande, com mais de 1 mil metros quadrados, e aplicá-lo em um espaço de 100 a 400 metros.”
Luciano Sabatini explicou que os itens comercializados serão parecidos com os que a empresa já trabalhava antes da crise, como utilidades para o lar, eletroeletrônicos e artigos de camping, jardinagem e reparos.
FRANQUEADO
O gerente de operações esclareceu que para ter uma franquia da Dadalto, o franqueado tem que ter de R$ 15 mil a R$ 20 mil de capital de giro, investir R$ 200 mil em estoque inicial, e ter pelo menos R$ 50 mil reservados para o projeto, obra civil, mobiliário e equipamentos. Além disso, há taxas mensais a serem pagas à empresa, como royalties de 5% sobre o faturamento bruto, e a taxa de propaganda, de 1%, também sobre o faturamento.
As projeções de venda média mensal são de R$ 160 mil, o lucro líquido previsto é de 8% a 15% e a perspectiva de retorno do investimento é de 25 a 36 meses.
“Quem se tornar um franqueado vai ter todo o suporte, com auxílio na estruturação do negócio, escolha do ponto, treinamento dos funcionários, contato com os fornecedores, entre outros acompanhamentos”, garantiu.
Questionado se o processo de recuperação judicial da empresa poderia ser um entrave para a decisão de interessados em investir na franquia, Sabatini garantiu que não. “Os franqueados não terão nenhum tipo de responsabilidade jurídica. A recuperação judicial não irá respingar nos negócios dos franqueados.”
A história da Dadalto teve início em 1937, em Castelo, no Sul do Espírito Santo, quando o patriarca da família, Antonio Dadalto, abriu uma venda de secos e molhados. A companhia, em 2012, chegou a contar com mais de 60 lojas, atuando em três estados: Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo. Fazem parte do grupo empresarial as marcas Dadalto, D&D e Dacasa.
Desde 2015, a empresa, que enfrenta dificuldades financeiras, está em recuperação judicial. Desde então, o grupo empresarial já fechou mais de 30 lojas. Atualmente, tem seis lojas próprias.