Os relatórios de compras de fim de ano ressaltaram novamente os desafios que os varejistas norte-americanos enfrentam na era da Amazon – mesmo que os consumidores estejam dispostos a abrir suas carteiras para gastar.
As atualizações eram uma sacola misturada, com vários varejistas relatando aumentos pequenos ou moderados nas vendas de lojas comparáveis durante o período crítico de novembro a dezembro/2018.
Mas um relatório da Macy’s despertou a maior angústia em Wall Street, depois que a rede reduziu sua previsão de lucro, ao mesmo tempo em que sinalizou um aumento modesto nas vendas.
As ações da Macy’s caíram quase 20%, enquanto quase todas as grandes varejistas foram derrubadas também.
Isso incluiu empresas como a Target que relataram vendas mais altas e confirmaram – mas não aumentaram – as previsões de lucro.
Os resultados foram um final feio para uma temporada de compras natalinas que abriu com grandes expectativas devido à robusta confiança do consumidor em meio a um forte mercado de trabalho, preços relativamente baixos da gasolina e um aumento nos cortes de impostos.
Em dezembro, a Mastercard SpendingPulse estimou um crescimento nas vendas de feriados de cerca de 5,1%, para mais de US $ 850 bilhões, o maior salto nos últimos seis anos.
Por essa estimativa, a temporada de compras de fim de ano de 2018 foi forte – só não para varejistas.
“Foi uma boa temporada. Os consumidores tinham mais dinheiro para gastar. Eles gastaram”, disse a consultora do setor de varejo Dana Telsey.
“Mas o custo de fazer negócios está aumentando.”
– Custos alimentares –
Os tradicionais varejistas de tijolo e argamassa têm investido no fortalecimento de suas plataformas on-line e na oferta de incentivos para atrair compradores, como frete grátis durante a alta temporada de festas.
Ao mesmo tempo, essas empresas também gastaram muito para melhorar a experiência na loja, contratando consultores para ajudar a embelezar os arredores e, em muitos casos, empregando mais trabalhadores durante a alta temporada de festas.
Os últimos resultados sugerem que os varejistas ainda não encontraram uma receita vencedora para a transição para a era do comércio eletrônico.
“Sabemos que as despesas são sempre um problema, à medida que mais e mais coisas se movimentam on-line, porque as pessoas simplesmente não pagam para você enviar para elas”, disse o consultor do setor de varejo Jan Rogers Kniffen.
“Eles querem que seja o mesmo preço na loja na minha porta. É assim que é.”
Especialistas dizem que o setor de varejo ainda está passando por um abalo existencial.
Empresas como Macy’s, JC Penney e Gap fecharam lojas nos últimos anos, enquanto a Toys “R” Us saiu do mercado – um destino que em breve poderá recair sobre a icônica varejista americana Sears.
Fonte: Opinião Goiás